F1 em alerta máximo
Em Austin, Bernie Ecclestone afirmou à SkySports F1 que o fim da linha está próximo para a Marussia e Caterham, não
estando preocupado com esse facto (!). O britânico, dono da FOM, teve tempo para incendiar ainda mais o clima nos EUA: esclareceu que não tem dúvidas que a competição poderá ter apenas 14 carros.
Não são as palavras de Bernie que mais incomodaram algumas equipas, mas o problema que se arrasta e que não é de agora, da distribuição dos ganhos e dos direitos às equipas. Por isso mesmo, hoje soubemos que as equipas do meia da tabela, que são as próximas com a corda na garganta, poderão boicotar o G.P. dos EUA.
A Lotus já desmentiu e não nos parece que aconteça já neste fim de semana. Ironicamente, os EUA parecem ser a “casa” dos boicotes, já que em 2005 no Circuito de Indianapolis, apenas correram 6 carros (Tiago Monteiro, no Jordan, foi 3º), com os restantes em protesto devido aos pneus Michelin. A verdade é que se não for este fim de semana, pode ser no próximo… até que as equipas, como a Force India e Sauber, consigam que as suas queixas sejam atendidas.
Por outro lado, Helmut Marko diz que a Red Bull está pronta para a possibilidade de 3 carros por equipa e até deu um exemplo de como a F1 poderá ser mais atractiva: “Imaginem se pudéssemos colocar um piloto da NASCAR como Jimmie Johnson ou Tony Stewart no (3º) carro, aqui nos EUA.”
São pontos de vista!
Kobayashi e Ericsson em Austin à procura de emprego
Kamui Kobayashi, desde que a Caterham foi comprada a Tony Fernandes, viu a sua posição dentro da equipa a deteriorar-se, tendo perdido o seu lugar de piloto em Spa. Sabemos que o japonês pagou o seu lugar na equipa, tal como o seu colega de equipa, mas não parece ter os mesmos argumentos económicos, já que o rookie sueco nunca teve o seu lugar em perigo.
Com as coisas muito mal paradas na Caterham, os dois piloto viajaram na mesma para os States, numa tentativa de conseguirem um monolugar para 2015. Marcus Ericsson revelou que tem ofertas de 3 equipas. Fala-se que ma delas seja a Sauber, que beneficiaria dos cerca de €20M que o sueco parece ter em patrocinadores. Apostamos que os benefícios económicos sejam maiores do que os desportivos, se a Sauber decidir entregar um carro a Marcus Ericsson.
Kobayashi diz que será dificil sentar-se num F1 para a próxima temporada, mas que está optimista e a avaliar todas as ofertas que aparecem.
Cara ou coroa para Jean-Eric Vergne
O piloto francês pareceu ter ficado chateado por a estrutura da Red Bull ter escolhido Max Verstappen para ocupar o lugar na Toro
Rosso. Chegou a dizer que para estava muito velho para a F1. Agora, Franz Tost veio a terreiro afirmar que pensa em Vergne para continuar na equipa em 2015.
Nós já tinhamos ouvido o rumor que Vergne poderia continuar na equipa, mas desta vez não foi um rumor, foi o próprio director da equipa a vir afirmar isso. Que voltas o mundo dá!
Até Max Verstappen, já no COTA, disse que para ele o melhor colega de equipa seria o francês. A pergunta que se põe é: Estará a Toro Rosso melhor com Vergne?
Na nossa opinião sim, mas a equipa tem de dar a estabilidade que o piloto parece precisar. O ano passado foi preterido por Ricciardo, para ocupar o lugar deixado vazio por Mark Webber na Red Bull, este ano viu o rookie Daniil Kvyat a conseguir normalmente, melhores posições, seja em qualificação como em corrida. O francês é bom na chuva e em piso seco pode conseguir pontos preciosos para a equipa. Se Verstappen é melhor ou não, não sabemos, mas temos dúvidas que a Red Bull tenha encontrado um novo Vettel ou Kvyat, por isso será boa ideia manter um piloto mais experiente como Vergne, nas suas fileiras.
Pedro Mendes
Chicane Motores 