Quem é que não conhece o colombiano Juan Pablo Montoya? Poucos, certamente. Esteve na F1 entre 2001 e 2006, passando pela Williams e McLaren. Conhecido pela sua postura extremamente agressiva, quer dentro e fora da pista.
Vencedor da Fórmula 3000, Champ Car, 500 Milhas de Indianápolis e da Fórmula Indy em 1999, o colombiano esteve durante seis temporadas na Fórmula 1, tendo conquistado sete vitórias e terminado como terceiro duas vezes no campeonato em 2002 e 2003.
Juan Pablo Montoya Roldán nasceu em 20 de Setembro de 1975 em Bogotá, Colômbia. A paixão pelo automobilismo foi iniciada através do seu pai, que o ensinou as técnicas de kart. As lições do seu pai, junto com sua própria habilidade natural, permitiram a Montoya passear pelo Campeonato Nacional Colombiano de kart, onde venceu de forma consecutiva entre 1981 e 1984.
Depois de várias temporadas de sucesso na Fórmula Renault Colômbia, Montoya mudou-se para a Europa, um dos períodos mais complicados da sua vida, onde o colombiano vivia com claras dificuldades financeiras e nem dinheiro tinha para os transportes públicos, para perseguir o sonho de competir na F1. Em 1997 terminou em segundo lugar na Formula 3000 e assinou um contrato como piloto de testes pela Williams F1. Depois de ganhar o título de Fórmula 3000 em 1998 e sem lugar na Williams, foi convidado a correr na CART, para substituir o então bicampeão Alessandro Zanardi na Chip Ganassi Racing, para a temporada de 1999. A sua estreia foi notável. Montoya tornou-se o mais jovem campeão da história da CART, com 24 anos de idade, conquistando 7 vitórias nessa época. Para além do título CART, também foi nomeado Rookie of the Year.
Montoya permaneceu nos Estados Unidos para competir na CART novamente durante a temporada de 2000. E na sua única corrida de IndyCar Series na sua carreira até então, Indianapolis 500, Montoya impressionou novamente ao vencer. Fechou esse capítulo de sua carreira americana com 11 vitórias e 14 pódios em 41 corridas.
Realizou a estreia na Fórmula 1 em 2001 pela Williams, onde já era piloto de testes. Obteve uma vitória em Monza, na sua temporada de estreia e 4 pódios. Na segunda temporada (2002), não ganhou nenhum GP mas em contrapartida, conquistou 7 poles e marcou 50 pontos, conquistando assim o terceiro lugar no final do campeonato, apenas atrás dos dois pilotos da Ferrari. No ano seguinte, esteve na disputa do titulo até ao final da temporada, mas voltou a terminar novamente em terceiro no campeonato, com 82 pontos, duas vitórias e nove pódios no total. Porém, o momento alto de 2003 foi quando Montoya venceu o Grande Prémio de Mónaco. Continuou na Williams BMW em 2004, mas a equipa de Frank Williams enfrentou vários problemas durante esse ano e nunca se mostrou tão competitiva com anteriormente. Mesmo assim, o colombiano ganhou uma corrida e fez 3 pódios.
Em 2004 muda-se McLaren-Mercedes ficando até 2006. Em 2005, bateu um recorde pessoal ao conseguir ganhar 3 corridas durante a temporada. O ano de 2006 foi mais “atabalhoado”, onde apenas conseguiu realizar 2 pódios. Falhou vários GP’s devido a um acidente de mota. Durante sua carreira na Fórmula 1, Montoya acumulou sete vitórias e 30 pódios em 94 corridas.
Foi anunciado no final da temporada de 2006, que Montoya iria competir na NASCAR Sprint Cup Series em 2007. Durante o seu primeiro ano no regresso aos EUA, Montoya obteve vitórias nas Rolex 24 Horas de Daytona, na GRAND-AM Sports Car Series , na NASCAR Nationwide Series e na NASCAR Sprint Cup Series (NCCC), onde foi considerado rookie do ano. Em 2008, venceu novamente as 24 Horas de Daytona, para se tornar o primeiro piloto a vencer a corrida de prestígio na suas duas primeiras tentativas. A temporada de 2009 provou ser a temporada de NSCS mais bem sucedida de Montoya. Depois de se tornar o primeiro piloto nascido no estrangeiro, a vencer 500 Milhas de Indianápolis e a se qualificar para Chase da Nascar para o Campeonato, Montoya terminou a temporada num respeitável 8º lugar na classificação final. Montoya obteve duas vitórias Cup Series na sua carreira (Sonoma Raceway, em 2007, e Watkins Glen em 2010), com 24 top-cinco , 59 top-10 e nove pole positions em 253 corridas ao longo de sete temporadas.
Em Setembro de 2013, depois de ter sido dispensado da Nascar, a oportunidade de se juntar a uma das equipas de maior sucesso na história da América do Norte nas corridas de monolugares foi proposta a Montoya e não perdeu tempo em tomar a decisão de voltar a IndyCar. A equipa Penske anunciou que Montoya iria ingressar a equipa em 2014, fazendo dupla com Hélio Castroneves e Will Power. Terminou a temporada de 2013, com uma vitória em Pocono e com apenas uma pole, o que o levou ao 4º lugar do campeonato.
Daniel Leites.
Chicane Motores 
Olá Chicane,
Para mim o Juan Pablo Montoya foi o maior desperdício de talento que a Fórmula 1 já viu, uma pena realmente que não tenha tido o sucesso esperado. Ele tinha um grande potencial!
Sua primeira temporada na CART em 1999, foi simplesmente fantástica.
O lamentável acidente de Moto do Montoya foi em 2005 na sua estréia pela McLaren.
Abraços!
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Obrigado pelo seu comentário.
Ao nível de talento puro, Montoya terá sido dos melhores que passou pela F1. Tinha um feitio difícil que lhe complicava a vida a si e a quem trabalhava com ele. Mas era de facto um talento..
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Montoya tinha tudo para ser grande… Mas o seu mau feitio era maior. Conseguia por os seus mecânicos contra si o que nunca ajuda. Dentro de pista era excelente mas fora de pista deixava muito a desejar. Talvez tenha sido isso que o prejudicou. Basta lembrar o episódio recente em que Perez levou guia de marcha da McLaren, porque os seus engenheiros não gostavam de trabalhar com ele.
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