As novas pinturas dos modelos de 2015, já estão a secar, para que no dia 1 de Fevereiro os carros possam “desfilar” no circuito de Jerez, mas nós sabemos que existem algumas pessoas que ainda estão cépticas quanto a ver um Grande Prémio de Fórmula 1. Como não percebemos o porquê (e o barulho dos motores já é uma desculpa muito antiga!), decidimos publicar uma lista curta, de apenas 10 argumentos, para que, se for o caso, reconsiderem e vejam o porquê da F1 ainda ser o desporto motorizado de excelência. Vamos lá por partes:
1º Os “narizes” dos carros estão menos feios!

Diz-se que os olhos são o espelho da alma, no entanto na F1, a primeira reação dos adeptos é olhar para a frente do carro. Em 2014, antes da competição a sério, os carros eram avaliados não pela performance nos testes, mas sim, pela estrutura quase fálica que pendiam nas suas frentes. Este ano, embora ainda existam sectores da sociedade que podem achar que os narizes dos F1 devem ser vendidos em qualquer Sex-Shop, a verdade é que, os desenhadores dos modelos tentaram fazer melhor e pelo que já vimos, conseguiram. Uma salva de palmas para os designers!
2º É um motor Mercedes que equipa a Lotus

Depois de a Lotus (uma equipa histórica e memorável) ter sido uma das desilusões de 2014, muito por culpa do motor da Renault, a equipa fundada por Colin Chapman vai utilizar os motores Mercedes, que prometem serem ainda melhores que no ano passado. É caso para bradar aos céus, se um Lotus conseguir ultrapassar um Ferrari ou um Mclaren.
3º Vettel é piloto da Ferrari

O tetracampeão do Mundo deixou a Red Bull e rumou a Maranello. A Ferrari consegue assim, mesmo não ganhando nenhum título desde 2008, ser atractiva o suficiente para o alemão. Pode ser o sonho de perseguir o seu ídolo, Michael Schumacher, mas foi também uma das “transferências” mais comentadas dos últimos tempos. Será que vai ser em 2015, que a Scuderia vence um campeonato?
4º Alonso é piloto da Mclaren

O segredo melhor guardado do século… estamos a brincar! Foi exactamente o contrário: Alonso e a Mclaren fizeram a questão de oficializar quando o que se queria saber era qual dos pilotos de 2014 da equipa, saltava fora. A Magnussen calhou a fava e foi “despromovido” a terceiro piloto, depois de ter conseguido um pódio na sua época de estreia. Quanto a Alonso, consegue dinamizar uma carreira que estava muito em baixo, com uma mudança para um casa que já conhece, mas que também ela se encontra em mudanças.
5º Regresso da Mclaren-Honda

Para os mais saudosistas, aqueles que dizem “antigamente é que era”! Escrevo esta frase, com ironia, mas a verdade é que também fiquei contente com o regresso da Honda, embora pense que vai ser difícil aos nipónicos vencerem tão cedo. A Mclaren precisava de uma lufada de ar fresco e mais ainda, de um novo fornecedor de motores, já que, oficialmente as relações eram as melhores, mas na verdade entre Mercedes e a equipa de Woking deveria de haver alguns atritos.
6º G.P. do México

Mais um regresso ao Grande Circo. A última prova de Fórmula 1 no México foi em 1992, ainda Ayrton Senna era piloto da Mclaren-Honda (coincidência?), mas não terminou a prova, sendo Nigel Mansell, na altura piloto da Williams, o vencedor desse grande prémio. Este ano a prova regressa, no mesmo circuito que em 1992, nos dias 30 de Outubro e 1 de Novembro e espera-se que as obras de melhoramento do Autodromo Hermanos Rodríguez, já tenham terminado. Deve ser complicado pilotar um F1 entre betoneiras.
7º Maldonado continua na F1

É em jeito de brincadeira, mas Maldonado possivelmente, será o piloto com direito a mais posts no Facebook. Já foram tantos os acidentes, para já sem causar nada de grave (exceptuando o orgulho do colombiano) aos outros pilotos, que pensamos que Maldonado tenha um imane para muros. O ano passado levantou, com a frente do Lotus (mais parecido com um empilhador), o Sauber de Gutierrez, que virou. Este ano não há esse problema, porque Gutierrez não estará no grid, já que foi contratado para piloto de testes da Ferrari… mas pode acontecer nos testes de Jerez ou Barcelona!
8º Rosberg antecipa novo duelo com Hamilton

Hamilton ganhou a Rosberg e arrasou o alemão. Para 2015 está marcado novo combate entre estes dois rivais e colegas de equipa. Se me dizem que em 2014 apenas deu Mercedes, eu concordo, mas se me dizem que não vêem a F1 porque são sempre os mesmos a ganhar, eu respondo: “vejam nas épocas de 1988 e 1989!”. Senna e Prost eram colegas de equipa e os principais rivais um do outro. Havia divisões entre fãs e isso alimentou (apimentou) a F1 durante esses anos. Agora, no despontar de uma nova era na F1, dois pilotos dividem e contagiam aos Domingos e em 2015 estão de volta!
9º Felipe Nasr, Carlos Sainz Jr. e Max Verstappen

Os rookies que toda a gente está há espera para ver se fazem asneiras e todos por motivos diferentes. Felipe Nasr é brasileiro e tem qualidade, mesmo tendo ido para a Sauber como piloto pagante e tem milhões de fervorosos brasileiros a apoiar o piloto que pode muito bem chegar ainda mais longe. Carlos Sainz Jr. tem o apoio do pai e parece que o miúdo tem alguma qualidade, mas falta saber se não entrou para a Toro Rosso só porque o pai se fartou de pressionar com entrevistas bem planeadas e porque é um ex-campeão mundial de ralis. Max Verstappen é o jovem de 17 anos mais falado do mundo…automobilistico. Tem ou não tem qualidade para estar na F1? Queimou etapas de aprendizagem importantes? Os pilotos com que falamos dizem-nos que se é escolha principal, é porque o puto é bom. Teremos nós à nossa frente na TV (ou no PC) o próximo diamante da Fórmula 1?
10º Irão, Ricciardo e Bottas, manter o nível de 2014?

Há 50% de hipóteses de isso acontecer e para nós já é o suficiente para nos colarmos à cadeira e esperar pelo G.P. da Austrália. São dois excelentes pilotos, que merecem vencer qualquer G.P. que lhes apareça à frente, mas com dois problemas diferentes que têm de ultrapassar: Ricciardo tem de fazer esquecer o ex-colega de equipa e ex-tetracampeão do Mundo, Sebastian Vettel, na Red Bull e Bottas tem de conseguir ser bastante melhor que o seu colega de equipa, Felipe Massa para ser considerado piloto número 1 da Williams. São duas tarefas hercúleas (palavra cara que não nos custou nada) que vão exigir bastante dos pilotos.
Estão neste momento a pensar que vão querer ver a F1 na TV, mas que fica muito caro…estão enganados! Não vamos dar conselhos para verem em streaming, mas podem ir para o café mais perto de casa e pedir para colocar naquele canal nacional de desporto. Não percam nadinha desta nova temporada, que antecipamos como muito boa…boa demais!
Pedro Mendes