
O GP da China, que vai ter lugar no próximo fim-de-semana, tem como palco o Circuito internacional de Shangai.
Inaugurado em 2004, demorou 18 meses a ser construído. Um pântano foi convertido num circuito internacional, com capacidade para 250 mil pessoas. 3000 engenheiros trabalharam noite e dia numa obra cujo custo se fixou nos 370 milhões de euros.
Esta pista já acolheu os campeonatos de WTCC, F1 assim como os V8-SuperCars e Moto GP.
Em 2011 foi alvo de uma rigorosa inspecção pois as curvas 1,8 e 14 estavam a afundar, devido ao terreno pantanoso.
O desenho da pista ficou a cargo de Hermann Tilke.
O que esperar da corrida
Depois da espantosa vitória da Ferrari em Sepang, os olhos dos fãs vão estar focados na Scuderia. Serão os italianos capazes de repetir a façanha de destronar os Mercedes, que estiveram 7 meses no topo do pódio? Muito dificilmente.

A pista de Sepang teve dois aspectos que claramente não beneficiaram os Mercedes. A temperatura da pista, que andou por volta dos 60 graus Celsius, aliada as características do traçado, que provocam grande desgaste dos pneus traseiros, o que nos Mercedes sempre foi um problema. Os Silver Arrows sempre foram pouco poupados no que diz respeito ao uso das borrachas do eixo traseiro e isso notou-se mais em Sepang e a Ferrari, com um carro muito equilibrado e que permite uma poupança significativa dos pneus, aproveitou-se disso.
Mas em Shangai as temperaturas serão bem mais baixas (10 graus mais baixas que em Sepang) o que significa que o factor “poupança de pneu” não será tão influente. Além disso, a pista chinesa sempre foi aquela em que os Mercedes se deram melhor, mesmo nos anos anteriores dos motores V6. Como tal, tudo indica que os Mercedes regressarão ao primeiro lugar. Mais ainda, o traçado chinês tem rectas grandes e é muito exigente nos motores. Os motores mais potentes têm sempre mais vantagem neste circuito e como tal é mais um trunfo a favor dos alemães.
A luta Hamilton vs Rosberg conhecerá outro capitulo. Neste momento o britânico leva a melhor e está claramente num momento de forma bem acima comparativamente ao alemão. Rosberg tem estado mal e a última corrida deve ter sido um golpe no ego, tendo em conta a forma infantil como se deixou passar por Vettel. Mas convém lembrar que no ano passado Hamilton, depois da desistência de Melbourne, ganhou 4 seguidas e só no Mónaco Rosberg começou a dar a volta ao texto. Será o alemão capaz de repetir isso este ano?

Do lado da Red Bull e da Toro Rosso há boas noticias. A Renault anunciou que vai rodar uma afinação mais agressiva dos motores, oferecendo mais potência aos monolugares da marca de bebidas energéticas. Uma boa noticia para ambas as equipas. Resta saber se a Toro Rosso continuará a levar a melhor em relação à “casa mãe”, o que a confirmar-se deverá dar ainda mais dores de cabeça para os engenheiros de Milton Keynes.
Depois de um inicio conturbado, a Red Bull parece ter enterrado o machado de guerra com os franceses e parecem agora mais focados em resolver os problemas em conjunto, havendo até rumores que dizem que a Toro Rosso poderá rodar com as cores da Renault, como forma de satisfazer a vontade de maior notoriedade por parte dos franceses. O caminho ainda é longo, pois o RB11 não parece estar ainda afinado, mas as partes começam a entender-se e isso já é meio caminho andando para encontrar as soluções necessárias. O objectivo para as equipas é aproximarem-se dos Williams, o que parece difícil para este fim de semana. Achamos que será preciso esperar pelo Bahrain para que isso aconteça.

Da Williams espera-se que consigam dar um passo em frente e aproveitar a pista chinesa, que beneficia os melhores motores, para se chegar aos Ferrari, embora o silêncio da equipa até agora mostre que ainda há trabalho pela frente. Lotus vai em busca dos primeiros pontos e acreditamos que seja desta, se largar de vez o azar e aproveitar o motor que tem e a Sauber terá de melhorar muito em relação a Sepang, o que nos parece complicado para este fim de semana.
Force India e McLaren continuam os seus programas de testes. A Force India ainda não adiantou a data exacta para a saída do versão B, que supostamente será mais competitiva, admitindo no entanto que tal nunca acontecerá antes do início da ronda europeia. A McLaren espera uma corrida complicada, com as características da pista a prejudicar a equipa. Uma pista exigente ao nível dos motores nunca é bem-vinda para um motor que claramente ainda procura a melhor forma. Da Manor espera-se uma prestação à imagem de Sepang… para desenrascar.
Apostas para o top5

Hamilton
Rosberg
Raikkonen
Vettel
Bottas
Dados da pista:
Cumprimento da pista: 5.451 km
Nº de voltas: 56
Distância de corrida: 305,066Km
Curvas: 16
Volta mais rápida + volta mais rápida em corrida: Michael Schumacher 1:32:238
Nível de apoio aerodinâmico: Elevado
Uso de combustível: 1.7 kg/volta
Pneus para 2015: Soft e médios
Traçado da pista:

Lista de vencedores:
Onboard da pista:
Dados:
f1fanatic
Fábio Mendes