Breves

Red Bull pisca o olho à Audi

 

Foto: Red Bull
Foto: Red Bull

Depois da saída de Ferdinand Piëch do conselho de administração do grupo VW e um dos principais responsáveis pela não entrada da Audi na F1, o caminho para a marca alemã entrar no grande circo parece estar agora cada vez mais aberto. Os rumores da entrada da Audi na F1 são cada vez maiores e a experiência que tem no WEC com os motores híbridos são um trunfo importante. A F1 precisa de mais marcas e a Audi tem todo o interesse em mostrar que depois de dominar o WEC, tem o que é preciso para vencer na F1.

Quem olha para  esta entrada com bons olhos é a Red Bull. A equipa austríaca está cada vez mais cansada das indefinições e das falhas da Renault e voltou a admitir (num choro que francamente começa a ficar mal) que ou têm um motor competitivo ou saem da F1.  Helmut Marko afirmou que “se não temos um motor competitivo num futuro próximo, ou a Audi entra ou então saímos da F1”. Está assim enviada a primeira “carta de amor” da Red Bull para a Audi.

2006_audi_f1_kim_stapleton_pointilism_au_003No entanto, a nosso ver, surge uma questão. Sabemos que a Audi tem muito dinheiro para gastar, muito mesmo. E também há relatos (nos quais confiamos) que a Audi já testou um protótipo de F1. Que o projecto está todo ele numa fase avançada e que a entrada já é apenas uma questão de tempo. Será que a Audi com tanto dinheiro e tantas condições técnicas se quer associar à Red Bull? Será que quer dividir os louros caso o futuro traga sucesso? Não nos parece. A Audi deverá querer seguir o seu próprio caminho e a sua própria filosofia, comprando uma equipa e usando a sua marca e não associar-se à Red Bull que já tem um nome muito pesado no grid. E acreditamos menos que a Audi queira entrar apenas como fornecedora de motores. E se o fizer, será apenas nos primeiros tempos o que deixará depois a Red Bull com um problema semelhante.

A nosso ver parece precipitada esta declaração de amor a Audi por parte da Red Bull. A Renault ainda pode dar a volta ao texto e ainda é a única solução que a Red Bull tem.

 

No final do dia Helmut Marko desmentiu a noticia dizendo que estas declarações não eram dele. No entanto os rumores são muitos e não há fumo sem fogo.

Helmut Marko diz que os pilotos Red Bull têm de fazer mais

foto in: auto123.com
foto in: auto123.com

Não gostamos muito da forma de estar deste senhor, mas sendo ele o braço direito do grande chefe da Red Bull, tem uma aura quase intocável que lhe permite dizer coisas…menos apropriadas. O austríaco disse publicamente que os pilotos da Toro Rosso estão a fazer um trabalho melhor que os pilotos Red Bull e que estes últimos têm de melhorar. Se no caso de Kvyat entendemos a insatisfação (não concordando com a forma como esta foi transmitida), no caso de Ricciardo parece ser injusto. O australiano tem estado bem e tem conseguido trazer pontos para casa, com um carro pouco competitivo e um motor fraco.

Marko disse ainda que lutou muito por Sainz Jr. e que  este não tinha muitos amigos ou apoiantes. Claro! Kvyat há um ano atrás era um piloto espectacular e Marko defendeu-o com unhas e dentes… Agora o russo leva recados via comunicação social. Sainz tinha poucos amigos mas tinha um pai influente e um nome que atraí patrocinadores. Kvyat também era um talento mas tinha a influência dos rublos. Dizer que se luta muito por um piloto nestas condições é anedótico. Lutar por um piloto seria dar oportunidade a um talento com poucos patrocinadores e pouca influência… Lutar por um piloto seria dar uma oportunidade a Félix da Costa na Toro Rosso. Esse tipo de coragem barata de que Marko fala não nos aquece a alma. E vir criticar abertamente os pilotos quando é sabido que o carro que têm em mãos é fraco é um método infelizmente muito usado mas quanto a nós pouco acertado. Ricciardo merecia mais respeito e Kvyat merecia mais apoio… o apoio que recebeu quando mostrou os bolsos cheios de dinheiro. Marko que ponha os olhos em Lauda. Este sim sabe estar na F1, diz as coisas de forma directa e mesmo assim não perde a elegância e a postura.

 

Primeiro dia de testes em Barcelona

 

O primeiro dia de testes da F1 em Barcelona foi como seria de esperar dominado pela Mercedes, que pela mão de Rosberg fez o melhor tempo e colocou mais voltas no seu W06. O segundo na tabela de tempos foi Ericsson e a fechar o top3 ficou Marciello, jovem da academia da Scuderia, que testou novos componentes aerodinâmicos. Nick Yelloly, Pierre Gasly e Oliver Turvey foram os novos nomes presentes nesta sessão, com Gasly a granjear já alguns admiradores na estrutura da Toro Rosso.Yelloly substituiu Wehrlein que não se sentiu bem.

Eis a tabela de tempos:

cata

Fábio Mendes

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