10ª jornada do campeonato de Formula 1 e chegamos à Hungria, mais precisamente a Hungaroring, localizado em Mogyorod a 19 Km de Budapest.
O primeiro GP foi realizado em 1986, no tempo em que Bernie Ecclestone queria fazer um GP na URSS, mas foi lhe recomendado Budapest. A ideia inicial era fazer um circuito citadino mas o governo decidiu fazer uma pista. A pista foi construída em 8 meses e a primeira corrida ocorreu a 24 de Março.
A pista apresenta-se usualmente muito suja, o que faz que os tempos melhorem ao longo do fim de semana. As corridas costumam ser sob grande calor e em pista seca. A 1ª corrida molhada em Hungaroring ocorreu em 2006. No ano passado a chuva também marcou presença e em boa hora pois apimentou (e de que maneira) a corrida, que foi memorável.
A pista é lenta, estreita e uma superfície muito irregular o que dificulta muito as ultrapassagens. Os pontos de ultrapassagem são poucos, com a curva 1 e 2 a serem as mais usadas para o efeito.
Para este ano os ânimos não serão os melhores neste fim de semana. A morte de Jules Bianchi estará por certo na mente de todos os pilotos e fãs, o que tornará o ambiente mais sombrio. A perda de um jovem talento, que tanto tinha para dar à F1 custou a todos e tornará a tarefa bem mais difícil para esta corrida.
A Mercedes deverá manter a vantagem do costume. Depois do susto em Silverstone em que viram os Williams na sua frente e com um ritmo respeitável, Hamilton vai por certo fazer tudo para manter a sua vantagem no campeonato. No ano passado, mesmo saindo das boxes e com muitos problemas conseguiu subir ao pódio, numa corrida louca. Já Rosberg mantém-se à espreita, ainda que o seu desempenho em Silverstone não tenha sido o melhor. Subiu ao pódio mas podia ter feito melhor. Tem de se motivar e voltar a entrar na luta.
Os Williams impressionaram na última corrida. Mostraram um ritmo bom e não fosse a ordem para que Bottas não passasse Massa, talvez as coisas tivessem corrido de forma diferente. Mais uma vez o “calcanhar de Aquiles” da equipa foi a estratégia. Erros de equipa que tem ainda medo de assumir o risco. No entanto, a performance evidenciada mostra progressos. Finalmente, dizemos nós.

A Ferrari não quer mudar de hábitos. Começaram muito bem, mas o carro parece ter estagnado na sua evolução. Na corrida de Silverstone tiveram a sorte de chover e terem acertado no tempo de entrada nas boxes de Vettel. Senão o resultado poderia ter sido pior. Era preciso mais evolução por parte da Scuderia. Kimi, que parece ter já guia de marcha assinada, continua a misturar o azar com a falta de andamento. Temos tanta pena de ver o Iceman despedir-se assim da F1. Já Vettel está a cumprir com o que lhe foi pedido. E é candidato ao pódio para este fim de semana.
Há curiosidade para perceber de que forma a McLaren se vai apresentar, com uma anunciada melhoria no motor (fala-se em aumento de 70Cv). Os pontos conquistados em casa poderão servir de motivação. Vamos também estar atentos a Ricciardo, que se tem apresentado muito abaixo do que pode e deve fazer.
No resto do pelotão não deverá haver grandes novidades. Pelos menos em pista pois em termos de movimentações de mercado a coisa está a animar. A Sauber já fechou esse capitulo e irá manter a mesma dupla para 2016 (Ericsson continua a não nos convencer). No entanto a dança das cadeiras ainda agora começou.
Dados da pista:
Comprimento da pista: 4.381 Km
Nº voltas: 70
Distância de corrida: 306.63 Km
Volta mais rápida num GP: M. Schumacher, 2004, 1:19:071
Record de pista: R. Barrichello, 2004, 1:18:436
Nível de Downforce: alto
Uso de combustível por volta: 1.4 Kg
Pneus escolhidos: Macios e médios
Traçado da pista:
Onboard da pista:
No ano passado foi assim:
Fábio Mendes