F1 – GP do Japão: Hamilton tranquilamente iguala o seu ídolo.

Mais uma vez a meteorologia japonesa compliacava a vida aos pilotos. A chuva que caiu na pista durante a noite deixava a pista mais verde e com menos aderência. Juntando isso à falta de km rodados nos treinos tornava o desafio de afinar os carros ainda mais difícil

Nico Rosberg não estava bem. O piloto queixava-se de dores de cabeça e fez o que pôde para aliviar as dores. Era um mau presságio para a corrida.

E as dores de cabeça para Rosberg aumentaram na largada quando viu Hamilton passar por ele na curva 1. O alemão lutou mas viu o colega de equipa passar por ele, tal como Vettel e Bottas, que aproveitaram a ligeira saída de pista de Rosberg. Mais atrás Massa tocou em Ricciardo o que provocou furos em ambos os carros o que acabou com a corrida de ambos. Grosjean aparecia em 6º e Hulkenberg fez questão de esquecer rapidamente a penalização e instalou-se confortavelmente no top10.

Poucas voltas depois começava o pesadelo da McLaren. Alonso era ultrapassado por fora na curva 1 por Sainz. O carro do espanhol não tinha potencia para aguentar o Toro Rosso. Button também tinha o mesmo problema e não conseguia aguentar atrás de si nem o Toro Rosso de Verstappen nem o Sauber de Ericsson.

Rosberg tentava pressionar Bottas mas era-lhe pedido para levantar o pé pois a temperatura do carro estava no limite.

A partir de aqui a corrida arrefeceu. Algumas ultrapassagens mas nada de muito animador. Rosberg conseguiu passar Bottas, embora a Williams tivesse parado o finlandês mais cedo, de forma muito inteligente, para evitar o undercut da Mercedes, mas não foi o suficiente e o andamento de Rosberg era superior ao Valtteri.

A meio da corrida o top 10 era constituído por Hamilton, Vettel, Bottas, Rosberg, Bottas, Raikkonen, Hulkenberg, Grosjean, Maldonado, Sainz e Alonso.

Verstappen passou Alonso na volta 26 e o espanhol perdeu a paciência. Todo o seu esforço para se manter no top 10 começava a ir por água abaixo e Alonso desabafou de forma claramente frustrada “isto é um motor de GP2”. Uma afirmação grave e pesada, tendo em conta que a Honda corria em casa. O espanhol não poupou nos “elogios” dizendo que era “uma vergonha”… na McLaren ninguém sequer pestanejava.

Na volta 28 Sainz falhava a entrada nas boxes e partia a sua asa contra um marcador. Nada de grave e apenas mais uns segundos parado na boxe.

A partir daqui não houve grandes motivos de interesse. Vettel ia perdendo tempo para Rosberg e na segunda ronda de paragens nas boxes, Nico passou Seb, parando mais cedo nas boxes. Vettel puxou e deu o que tinha mas não conseguiu sair das boxes à frente de Rosberg. Raikkonen também usou o mesmo truque para passa Bottas umas voltas antes. Basicamente as ultrapassagens cruciais aconteceram nas boxes. Eficaz mas pouco espectacular. Algumas lutas interessantes iam ocorrendo em pista com a luta Sainz vs Perez, Pérez vs Ericsson e depois a luta Sainz vs Vertappen. Mad Max fez a melhor ultrapassagem do dia e o seu colega de equipa ficou para trás.

No final Hamilton venceu (quase nos esquecemos que estava em pista tal o domínio), seguido de Rosberg que beneficiou da melhor estratégia e do melhor carro para subir 2 posições.Vettel fez o que estava ao seu alcance mas não teve carro para mais de 3º.

Corrida imaculada do britânico que dominou como quis. Rosberg mostrou que não tem o que é preciso para desafiar Hamilton e terá de ter cuidado com Vettel que promete manter o excelente nível que tem evidenciado. Bottas foi discreto mas eficaz (não dava para mais), Hulkenberg esteve muito bem, tal como os Lotus (ambos os carros nos pontos depois de mais um fim de semana complicado) e os miúdos da Toro Rosso que continuam a mostrar como se faz. Estamos a ficar fãs.