F1 – GP dos Estados Unidos da América: Análise às equipas (Parte I)

A 3 provas do final da temporada a história ficou escrita. Lewis Hamilton sagrou-se tri-campeão do mundo de F1 e igualou o feito de outros grandes nomes da modalidade. Entre esses nomes está aquele que para muitos  e em especial para Hamilton foi o melhor de sempre… Senna. Um fim de semana muito complicado, com muita chuva à mistura, que dificultou sobremaneira a vida às equipas e aos bravos fãs que não desistiram de ver os monolugares a passar, embora tenham visto mais as palhaçadas bem humoradas dos mecânicos e pilotos. O pessoal tentou animar as hostes e isso foi muito bom de se ver. Quanto a competição a sério… só mesmo no domingo. E aí ficou tudo decidido.

 

Mercedes: Mais um Tri-campeão para a história.

12187815_10153130528797411_4614678511145301182_nNenhum grande piloto se fez sem talento e muito trabalho e nenhum campeão se fez  sem uma ponta de sorte.  E se a época de Hamilton foi arrasadora a todos os níveis, sendo uma mostra clara de todo o seu talento, a corrida de ontem ficou marcada pela sorte que teve. Claramente em dificuldades com a afinação do seu monolugar, passou a corrida toda com níveis de aderência reduzidos no eixo traseiro, o que lhe dificultou muito a vida. As sucessivas entradas do SafetyCar complicou a vida ao britânico, que viu a sua equipa entregar a melhor estratégia a Rosberg. Mas um erro de Rosberg entregou de bandeja o campeonato ao britânico. Mais uma vez o alemão teve o pássaro na mão mas deixou-o fugir. Um erro crasso do alemão, que perdeu o controlo da traseira do carro fez que que Hamilton ficasse com via aberta para o titulo. No final o cenário era indisfarçável. Hamilton vitorioso e Rosberg de semblante carregado. Se no ano passado o germânico esteve em grande e conseguiu levar a luta até ao final caindo de pé, este ano não esteve à altura do companheiro de equipa e saiu do campeonato “pela porta pequena”. Hamilton é neste momento o melhor piloto de F1 e quem sabe um dos melhores do mundo e Rosberg não teve cabedal para o enfrentar. Titulo merecido, embora conquistado numa corrida em que nem tudo correu bem ao britânico. E agora? Venha um duelo a serio para animar 2016.

 

Lewis Hamilton: nota 8

Nico Rosberg: nota 6

Mercedes: nota 9

 

Ferrari: Lutaram até ao fim e prometem ainda mais

Foto: Ferrari
Foto: Ferrari

Foi uma época como muitas outras… Muita luta e muito empenho mas no final ficaram outra vez em 2º. Mas esta época traz motivos para sorrir. Uma equipa mais coesa, uma dupla de pilotos em sintonia, um carro que promete evoluir bem. Ainda há 3 corridas pela frente mas a Scuderia pode e deve olhar já para 2016 com toda a sua atenção. O 2º lugar nos construtores já não deve fugir e apenas Vettel deverá tentar o assalto a 2º lugar. Mas foi um ano muito positivo para a Ferrari que começou do zero e ainda fez tremer a Mercedes. A corrida foi complicada para Vettel  que teve de largar da 13ª posição mas depressa chegou ao aos lugares pontuáveis e de seguida tentou o ataque à vitória. Mas a estratégia de uma paragem era arrojada demais e o alemão teve de se contentar com o 3º posto. Mais uma demonstração de força de Vettel. O alemão é aquele que parece estar em melhor forma, a par de Hamilton e mostrou isso novamente. Estamos todos ansiosos para ver se 2016 traz finalmente um confronto Hamilton vs Vettel com carros equivalentes. Kimi Raikkonen é que continua a não convencer. Tem assumido na perfeição o papel de nº2 e isso não é um elogio. Teve uma saída de pista quando “calçou” os slicks e a pista ainda estava molhada, acabando aos empurrões a um anúncio da Rolex, danificando a frente do seu monolugar.  As vias de arrefecimento  ficaram danificadas e o finlandês foi obrigado a desistir pouco depois. Mais uma vez a desiludir.

 

Sebastian Vettel: Nota 9

Kimi Raikkonen: Nota 5

Ferrari: nota 8

 

Toro Rosso: Verstappen quase subiu ao pódio

carlos-sainz-toro-rossoImparável! O rapaz foi mesmo feito para a F1. Ele já deve ter sido piloto noutra vida, só pode! É a única explicação viável para tanto talento num jovem acabado de fazer 18 anos. Ainda rodou em 3º lugar mas o 4º final em nada belisca a corrida de Max. Como se não bastasse o “kit de unhas” que apresenta, tem ainda olho para a estratégia, uma vez que foi ele que mediu na perfeição o tempo para mudar para os slicks quando a pista estava quase seca. Sorte dirão alguns… Eu já não digo nada. Este rapaz já me obrigou a engolir muitos sapos este ano e não vou desconfiar mais dele. Uma coisa é certa. Se o meterem num carro candidato vai ser muito difícil parar o moço. Já Sainz voltou a cometer erros de rookie, imperdoáveis já nesta fase do campeonato, mas soube dar a volta ao texto e chegar ao 6º lugar, que depois se transformou em 7º com a penalização por ter excedido a velocidade na via das boxes. Mais uma mostra do talento de Sainz que não fica atrás do de Verstappen. Precisamos de mais pilotos destes para a F1 (como Magnussen e Vandoorne).

 

Max Verstappen: Nota 9

Carlos Sainz: Nota  8

Toro Rosso: Nota 8

 

 

Force India: Checo em grande forma antes da visita ao seu pais natal

foto: Force India
foto: Force India

Checo está numa forma notável. O mexicano está de volta às boas exibições e de forma constante. Muito mais maduro, muito mais consistente,  2015 tem sido um ano de afirmação para Checo, quando inicialmente parecia algo perdido em pista. Está agora a mostrar o seu talento e mais que isso, que é um piloto muito útil para a equipa. Já Hulkenberg…Não sabemos se havemos de classificar de falta de sorte ou falta de calma nos momentos certos. Hulk é bom ninguém duvida mas tem tendência a falhar nos momentos chave, coisa que o seu colega de equipa não faz. Aquele toque com Ricciardo podia ter sido facilmente evitado, numa altura que estava numa excelente posição. Neste momento Hulkenberg é o piloto “menos” da Force e está a ser engolido por Checo.

 

Sérgio Pérez: Nota 8

Nico Hulknebreg: Nota 4

Force India: Nota 7

 

Parte 2 da análise aqui

Fábio Mendes

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