Depois de analisarmos o top4, passamos em revista o comportamento das restantes equipas.
McLaren: Button tem classe para dar e vender

Em chuva ou com pista molhada não há melhor que Button neste momento. O britânico é mestre na arte de saber conduzir de forma suave e cautelosa, sem no entanto perder o andamento. Afinal andar nos karts com pneus slicks quando a pista estava molhada porque não tinha dinheiro para os pneus de chuva foi boa escola. Button acabou em 7º (6º depois da penalização de Sainz) e fez o melhor resultado do ano. Mais ainda, conseguiu dar luta com o Mclaren equipado com o motor “velho” e fez melhor que Alonso com o motor “novo”. O espanhol queixou-se de falta de potência que teve origem num sensor que disparou sem motivo para isso. O espanhol ainda avisou que ia desistir mas a equipa pediu-lhe para se manter em pista. Vandoorne estava mortinho por assumir o comando do carro caso o espanhol quisesse. Mais uma vez fica provado porque Button ainda tem muito para dar à F1 e porque a McLaren fez bem em manter o britânico. Já agora, Button foi sempre o melhor piloto da McLaren no final do campeonato na classificação geral. Nem mesmo o acutal tri-campeão do mundo. E com Alonso a coisa começa a encaminhar-se também. E já agora com tanto piloto a querer um lugar na F1, Alonso dizer que queria desistir ficou mal…Muito mal. No entanto a recuperação que fez antes do seu motor dar problemas foi notável.
Jenson Buttom: Nota 8
Fernando Alonso: Nota 7
McLaren: Nota 6
Lotus: Maldonado fugiu aos acidentes

Poucos deram por ele em pista, mas Maldonado adoptou uma postura discreta o que alegrou a equipa. Acabou em 8º, compensando em parte o azar do colega de equipa que foi apanhado na confusão da curva 1. Mais uma vez Grosjean com azar e a ficar sem hipótese de mostrar o que vale. Mas ao menos desta vez Maldonado soube passar entre os acidentes e trazer pontos valiosos para a equipa. Já se sabe que para o ano será Jolyon Palmer o sucessor de Grosjean. Não é má escolha mas havia muito melhor por ai.
Pastor Maldonado : Nota 7
Romain Grosjean: Sem nota
Lotus: Nota 6
Sauber: O que vale é que desistiram muitos

Nas palavras da directora da equipa, foi uma corrida muito má pra a a Sauber. Ericsson ficou parado com um problema nos travões do carro e Nasr teve 5 paragens nas boxes, um carro mal afinado para as condições da pista e mesmo assim conseguiu pontuar. Uma medalha se faz favor. Valeu o brasileiro e o chorrilho de desistências que permitiu a equipa levar mais um ponto. Mas precisam de fazer melhor. Muito melhor
Felipe Nasr: Nota 7
Marcus Ericsson: Sem Nota
Sauber: Nota 4
Red Bull: para esquecer

Se Ricciardo ainda sentiu o que é ser nº1 em corrida, já Kvyat não teve o melhor dos domingos. O australiano enquanto teve a pista em seu favor (molhada) conseguiu bater-se com os Mercedes e até andou pela liderança. Mas com o andar da contenda, a pista foi secando e as possibilidades de um bom resultado desvanecendo. Se o chassis é bom e ninguém duvida, o motor não ajuda e o “Sr. Sorrisos” acabou longe do lugar ambicionado, finalizando a corrida em 10º. Já Kvyat errou mais do que é costume e um desses erros acabou por custar caro (mais ou menos o preço de uma suspensão e de uma asa dianteira). O russo “meteu o pé” na relva artificial da penúltima curva, superfície essa conhecida por gerar pouco atrito nas condições referidas. O resultado foi sintomático… um pedido de desculpas sentido para a pit wall. Tinha tudo para correr bem… se continuasse a chover. Assim foi mais um dia mau e mais razões para o queixume continuar.
Daniel Ricciardo: Nota 7
Daniil Kvyat: Nota5
Red Bull: Nota6
Manor: Rossi até pensou que ia fazer história

Um americano a correr em casa é sempre motivo de destaque. O último a fazê-lo foi Scott Speed que não fez justiça ao nome. Aguentou-se e não se envolveu nos problemas que apareceram em pista e levou o carro até ao final. Acabou em 12º, o que à primeira vista parece muito bom mas tendo em conta o nº de carros que acabaram a corrida, não passa de uma inevitabilidade. Já Stevens continua a sua má onda e desta vez nem sequer acabou a corrida.
Não atribuímos nota a Manor
Williams: O 2º lugar por um canudo

A única coisa a que a Williams podia ambicionar este ano era o 2º lugar dos construtores mas os recentes resultados praticamente hipotecaram essa hipótese. Desistências para ambos os pilotos e muitos problemas à mistura ditaram um final de semana negro para a equipa. Para Bottas é a segunda desistência seguida e para Massa, foi um golpe na moral, depois de um GP muito conseguido na Rússia. Ainda há 3 corridas pela frente mas o 3º lugar parece ser mesmo a posição final para a Williams que pode começar a olhar para 2016 com ainda mais atenção. Queremos mais da equipa.
Valtteri Bottas: Sem nota
Felipe Massa: Sem nota
Williams: Sem nota
Pode ver a primeira parte da análise aqui
Fábio Mendes
Um pensamento sobre “F1 – GP dos Estados Unidos da América: Análise às equipas (Parte II)”