É chegada a hora dos bólides do WTCC regressarem à acção para a 11ª ronda do campeonato do mundo de turismos. O placo será o circuito internacional de Chang, uma novidade no calendário de 2015.
Com um traçado fluido, com longas rectas e curvas abertas, bem “à moda antiga” poderá ter uma boa estreia no WTCC. Pessoalmente, este tipo de traçados agrada-me mais do que as modernices das curvas a 90 graus. Claro que só vendo os carros em acção é que se terá uma ideia melhor mas à primeira vista, promete.
O fim de semana começará sábado com as sessões de testes a serem realizadas todas nesse dias. A qualificação terá lugar no domingo de manhã e as corridas ao final da tarde. Os pilotos terão de lidar com a menor luminosidade, talvez para se habituarem para a corrida do Qatar que terá lugar à noite.

Este poderá ser o fim de semana Pechito Lopez. O argentino já tem uma mão no título e se tiver um fim de semana normal (ou seja, uma pole e uma vitória pelo menos), sagrar-se-á bi-campeão de WTCC. Lopez afirmou que pretende não complicar a sua vida e não arriscará confrontos desnecessários em pista, tratando apenas de conseguir os pontos que precisa para se sagrar campeão.
O único piloto que pode matematicamente impedir a festa de Pechito é Muller. O francês no entanto mostra-se realista, admitindo que teria de ter 2 fins de semana prefeitos e que Lopez tivesse dois fins de semana muito maus para ser campeão, o que parece ser muito difícil.
A Citroen, que já carimbou o titulo de construtores na última corrida, tem tudo para voltar a ser feliz neste fim de semana. O traçado parece adequar-se às características dos super rápidos C- Elysée, que com a sua velocidade de ponta poderão tirar grande proveito das rectas.

A Honda chega à Tailandia com a moral em alta depois do pódio de Tarquini mas o lastro de 40kg poderá afectar a performance da equipa, mais ainda num traçado onde a velocidade de ponta poderá ter um papel importante. A equipa continuará a lutar por pódios mas será tarefa difícil para os pilotos.
Já a Lada tem hipóteses de fazer boa figura. Sem lastro para esta corrida e com um bom comportamento neste tipo de traçados, Huff, Lapierre e Catsburg podem estar optimistas para o fim de semana. O Vesta continua a evidenciar problemas de fiabilidade e de resistência aos toques, no entanto já se mostrou competitivo neste tipo de traçados. Huff será o chefe de fila e veremos como continua a adaptação de Lapierre ao WTCC, ele que tem tido uma aprendizagem algo difícil nestas primeiras corridas.
Da Chevrolet espera-se mais do que se viu na China. Evitando toques e acidentes, os Cruze poderão também beneficiar de um traçado mais fluido para surpreender, principalmente na segunda corrida. Valente tem sido o piloto a dar mais nas vistas e depois do “bate boca” com Tarquini, a luta poderá aquecer entre os dois em pista. Chilton e Coronel precisam de voltar aos bons resultados, algo que se tem revelado complicado nos últimos tempos e da dupla Fillipi e Demoustier espera-se o costume. Fillipi mostrou algo mais na China e será interessante ver se o francês irá manter o registo.
Lastros para o fim de semana:
Citroën C-Elysée WTCC – 0.0 – +60kg – 1,160kg
Honda Civic WTCC – 0.5 – +40kg – 1,140kg
Chevrolet RML Cruze TC1 – 0.9 – +0kg – 1,100kg
Lada Vesta WTCC – 1.4 – +0kg – 1,100kg
Dados da pista:
Comprimento: 4.554Km
Distância de corrida: 2×14 voltas
Traçado da pista
Onboard da pista
Como ainda não há onboards do WTCC, aproveitamos para ver as imagens dos SuperGT.
Fábio Mendes