Depois de analisado o top 4, passamos em revista o comportamento das restantes equipas
Red Bull: Ricciardo nem com motor novo melhorou.

E a culpa não foi do piloto. Ricciardo sofreu a penalização por troca de motor, ficando com um motor novo e, supostamente, melhor. Mas em pista não se observaram qualquer tipo de melhorias e assim o australiano teve de começar do fundo do grid para nada. Acabou fora dos pontos e não foi capaz de fazer recuperar até ao top 10. Não tem sido um ano fácil para RIcciardo, que vê agora Kvyat ficar à sua frente na tabela classificativa de forma quase definitiva (10 pontos serão complicados de recuperar com apenas uma corrida pela frente). O russo voltou a fazer uma corrida sólida, embora discreta. Faz-nos confusão como é que consegue estar à frente de Ricciardo mas é a prova que nem sempre a F1 é justa. A Red Bull já afirmou que estará presente em 2016. Ainda não se sabe que motor usará e fala-se num motor misto com a componente de combustão fornecida pela Renault e a parte eléctrica desenvolvida pela Red Bull. Fica a lição para todos… nunca fechar uma porta antes de ter a certeza que outra está aberta. De qualquer forma espera-se uma confirmação na última corrida do ano. Estamos aliviados. Teremos Ricciardo em pista para o ano que vem.
Danill Kvyat: Nota 7
Daniel Ricciardo: Nota 6
Red Bull: Nota 6
Lotus: Correr pela França

Ninguém ficou indiferente ao horror que aconteceu em Paris na fatídica sexta feira 13. Mas obviamente que os franceses ficaram mais sensibilizados ainda e Grosjean foi um desses casos. A correr com a bandeira do seu pais no braço, o francês representou bem a força que os seus compatriotas precisam neste momento. Não fez uma corrida brilhante é certo, mas tendo em conta as grandes dificuldades que a equipa enfrenta (mais uma vez começaram o fim de semana com as boxes trancadas por falta de pagamento) e as limitações na eficiência aerodinâmica do carro, Grosjean trouxe pontos preciosos para a Lotus ao contrario do seu colega de equipa. Depois de uma série de dois GP sem problemas, Maldonado não resistiu à tentação. Na curva 1 atirou-se para cima do corrector, numa manobra demasiado optimista, levando a que chocasse com Ericsson. O Sauber ficou virado na perpendicular do sentido que o piloto desejava e Maldonado seguiu, levando no entanto uma penalização de 5 seg. E vai ser este o piloto nº 1 da equipa para o ano?
Romain Grosjean: Nota 8
Pastor Maldonado: Nota 4
Lotus: Nota 6
Toro Rosso: Mais um episódio do Max Attack

Sainz ficou logo apeado no inicio da corrida. Mais um fim de semana com azar para o espanhol que não conseguiu mostrar do que é capaz. Já Max… fez outra vez das suas. Mais um par de ultrapassagens vistosas, que mostram bem o talento e a ousadia do piloto. Acabou em 9º e garantiu mais dois pontos para si e para a equipa. Apenas há uma dúvida em relação a este rapaz: onde vai ser ele campeão? Ferrari? Red Bull? Porque com este talento, com um carro competitivo vai ser um regalo vê-lo em pista e o título é uma questão de tempo.
Max Verstappen: Nota 7
Carlos Sainz: Sem nota
Toro Rosso: Nota 6
Sauber: Fraco… Muito fraco

Não foi um bom fim de semana para a Sauber. Mais um. Ericsson foi atropelado pelo “Terror do Asfalto Maldonado” e Nasr teve um desempenho bem abaixo do que imaginou na sua primeira corrida em casa. Apenas fica uma pergunta no ar. Será que a Sauber vai conseguir sair deste registo em 2016? Será a equipa capaz de voltar a ser competitiva? O chassis deste ano não é mau de todo e com evoluções podia provocar uma ou outra surpresa. Mas as evoluções não apareceram pois o dinheiro também não apareceu. Até quando a Sauber irá ficar assim?
Felipe Nasr: Nota 5
Marcus Ericsson: Nota5
Sauber: Nota 4
McLaren: Sítios onde Alonso gostaria de estar? 2016

Foi a moda do fim de semana. Depois do motor do seu McLaren ter resolvido parar pela centésima vez na qualificação, Alonso resolveu relaxar e apanhar um banho de sol enquanto via os outros carros a passar. A internet tratou do caso como seria de esperar e a moda provocou grandes gargalhadas. Em pista? Nada de novo. O andamento pareceu melhor na parte sinuosa da pista, o que pode ser sinal que o chassis está a evoluir bem. Em recta nada a fazer. O carro não se arrasta. Resta a consolação de terem subido ao pódio… mesmo que tenha sido a brincar. Para piorar as coisas a Tag Heur retirou o patrocinio da McLaren e vai agora dar dinheiro à Red Bull. Será que temos de começar a ficar mesmo preocupados? É que para o ano a equipa tem de recupera 2.5 segundos por volta. E nenhuma equipa conseguiu isso de um ano para o outro.
Não damos nota aos pilotos da McLaren
Manor: Finalmente Stevens fez melhor que Rossi

Na luta entre colegas de equipa (a única possível para a Manor) Stevens levou finalmente a melhor em relação a Rossi. O britânico não tinha ainda conseguido ficar à frente do americano mas no Brasil conseguiu isso. E posto isto…não há mais nada a dizer. Era a única coisa que interessava. Rossi parece ser melhor que Stevens mas como eles aparecem tao pouco na tv é difícil avaliar.
Não damos nota aos pilotos da Manor
Fábio Mendes
Um pensamento sobre “F1 – GP do Brasil: Análise às equipas (Parte II)”