Perguntaram a Bernie uma vez o que faria para melhorar a F1 e ele respondeu que colocaria aspersores de água nos circuitos e que os ligaria sempre que necessário. E o homem nisso até tem alguma razão… A chuva traz sempre um factor extra de surpresa e no Mónaco não foi diferente. A chuva no início da corrida baralhou as contas e o vencedor bem pode agradecer aos céus por ter caído água.
Mercedes: 44 para o 44
A época parecia estar a ir de mal a pior para Hamilton. Depois do acidente em Barcelona, a qualificação trouxe novamente problemas para o britânico que ficou privado de fazer 2 tentativas na Q3. Com Rosberg e Ricciardo à frente, as hipóteses do tri-campeão pareciam diminutas mas desde cedo se entendeu que Hamilton estava mais forte que Rosberg e a equipa pediu ao alemão para deixar passar o companheiro de equipa. Hamilton teve a sorte do seu lado desta vez e a borrada da Red Bull na segunda paragem de Ricciardo entregou a corrida a Lewis, mas o 44 teve de se defender do australiano com valentia e conseguiu. Rosberg foi uma sombra do que tem sido até agora, com problemas nos travões da sua máquina que o prejudicaram no início. Certo é que depois não conseguiu aumentar o ritmo e deixou-se ultrapassar por Hulkenberg na recta da meta. Um dia para esquecer.
Lewis Hamilton: Nota 9
Nico Rosberg: Nota 6
Mercedes: Nota 9
Red Bull: O Sr Sorrisos não sorriu
Quando Ricciardo está chateado é porque algo está muito mal. E de facto estava pois pela segunda prova consecutiva foi lhe retirada a hipótese de vitória nas boxes. Foi o melhor piloto do fim de semana, aquele que mais velocidade apresentou em pista e aquele que deveria ter vencido caso a pit Wall não fizesse asneira. Mas ficou mais uma vez provado que Ricciardo é um piloto de top e que tem tudo para ser campeão, desde que não seja atacado pelo “vírus Webber” que enche os australianos de azar. Ricciardo foi quanto a nós a estrela do fim de semana. Já Verstappen foi um dos piores do fim de semana. 3 toques nas barreiras, 2 deles com violência, arruinando a qualificação e a corrida. Depois do brilharete de Barcelona, Max ficou com as “orelhas de burro”. A equipa terá de o proteger e motivar (o que não fez com Kvyat) para que ele regresse em forma no Canadá e terá e compensar de alguma forma Ricciardo pela tremenda asneira que fez em duas vezes consecutivas.
Daniel Ricciardo: Nota 10
Max Verstappen: Nota 4
Red Bull: Nota 3
Force India: Checo não perdoa
Sempre que se abre uma janela de oportunidade para Pérez tentar o pódio ele raramente falha. O mexicano fez mais uma prova fantástica recuperando do 7º lugar e beneficiando de uma estratégia perfeita. Tentou ir atrás do duo da frente e quando viu que não era possível aguentou Vettel sem grandes problemas. A Force India consegue sempre ressurgir de um momento menos bom com um excelente resultado, que desta vez foi dedicado a Vijay que anda com muitos problemas na justiça. Hulkenberg também esteve em grande e voltou a ser o Hulk que conhecíamos e só não fez melhor pois quando trocou os pneus de chuva pelos intermédios a pista estava ainda muito molhada. Mas foi um grande fim de semana para a equipa, com um excelente resultado e duas prestações fantásticas dos pilotos.
Sérgio Perez: Nota 9
Nico Hulkenberg: Nota 8
Force India: Nota 9
Ferrari: A crise vai piorar
A Ferrari teve um fim de semana mau e até a Force India fez melhor que eles. O carro é muito sensível a mudanças de temperatura na pista e quando não está na janela de temperaturas ideal, a performance cai muito. Vettel ainda conseguiu 4º o que foi muito melhor que Kimi que errou e de que maneira! Deixou o carro fugir no gancho do hotel e como se não bastasse levou o carro para dentro do túnel com a asa presa debaixo do carro indo contra o código desportivo da F1. Uma manobra desnecessária que podia ter colocado outros pilotos em risco. Mas foi um resultado pobre para uma equipa que precisava de um bom resultado para aliviar a pressão a que está sujeita.
Sebastian Vettel: Nota 8
Kimi Raikkonen: Nota 4
Ferrari: Nota 6
McLaren: Bons pontos mas ainda longe do ideal
Fernando Alonso resumiu de forma perfeita o fim de semana da equipa; Bom resultado mas o andamento ainda não é o desejado. E o 5º lugar que conquistou deve-se muito ao talento do espanhol que conseguiu aguentar atrás de si um Mercedes e um Force India, máquinas bem mais capazes que a sua. Button foi apanhado pela estratégia errada entrado sempre demasiado cedo para as trocas de pneus o que o prejudicou. Para o Canadá são esperadas melhorias no motor, restando saber se proporcionarão um aumento de performance.
Fernando Alonso: nota8
Jenson Button: Nota 7
McLaren: Nota 7
Toro Rosso: Kvyat precisa de ajuda
A mensagem radio do jovem russo quase em lágrimas aquando dos problemas no seu carro no inicio da corrida são um sinal claro que o Kvyat precisa de uma pausa e de se recompor. O piloto queria mostrar a todo o custo que tem talento e na qualificação provou isso mas o carro não o ajudou na corrida e o russo foi abaixo. Ficou com uma volta de atraso e tentou recuperar mais com o coração do que com a cabeça e acabou por bater contra Magnussen estragando a corrida para ambos. O programa Red Bull também é isto… e lançar um piloto às feras e depois não fazer o suficiente para o apoiar, como seria de esperar. Sainz por seu lado fez uma boa corrida e teve sempre um andamento muito semelhante ao de Kvyat, o que quer dizer que mais uma vez o espanhol aguenta a concorrência interna, mesmo com um colega diferente.
Daniil Kvyat: Nota 4
Carlos Sainz: Nota 7
Toro Rosso: Nota 7
Williams: Longe do topo e longe das atenções
Já se esperava algo deste género para a equipa… uma prestação pálida. O carro não não se dá nada bem neste tipo de traçados e tanto Massa como Bottas estiveram sempre longe dos lugares cimeiros. Uma coisa que se mantém constante é a capacidade da equipa fazer pit stops rápidos sendo consecutivamente os mais rápidos desde o início do ano. No entanto o ritmo de corrida não tem sido o melhor. Mas julgar a equipa pelo que fez no Mónaco seria o mesmo que julgar um hipopótamo pela capacidade que tem de correr… Consegue é certo mas não é a sua característica principal. O Canadá deverá ser uma pista melhor para a equipa.
Felipe Massa: Nota 7
Valtteri Bottas: Nota 7
Williams: Nota 7
Haas: Sem capacidade para mais
O carro continua a mostrar algumas lacunas ao nível do equilíbrio na travagem o que prejudica os pilotos. É normal dado que é uma equipa nova com muito para aprender, mas estes problemas já tem sido recorrentes desde que os surpreendentes bons resultados deixaram de aparecer. Grosjean foi prejudicado com o egoísmo de Kimi que depois de bater no gancho do Hotel regressou à pista sem ter em conta os adversários. Somos sempre a favor de pilotos aguerridos mas neste caso foi muito mau da parte do piloto finlandês e quem pagou a factura foi Grosjean que caiu muito na classificação, ficando atrás de Gutierrez que fez uma prova à sua imagem…discreta.
Esteban Gutierrez : Nota 7
Romain Grosjean: Nota 7
Haas: Nota 6
Manor: Nem Wehrlein escapou à miséria
Esperávamos muito mais da Manor este ano mas está visto que a sina de serem último não está para acabar em breve. Wehrlein foi o melhor sem surpresas, mesmo tendo feito muita asneira sem respeitar bandeiras azuis nos tempos exigidos. O piloto estreava-se na pista monegasca mas mesmo assim tinha de ter em atenção as regras básicas. Já Haryanto acabou com + 4 voltas em cima do que o líder e foi mais uma chicane móvel do que o piloto de F1, tantas foram as vezes que foi dobrado pelos lideres. A equipa mostrou muito pouco.
Pascal Wehrlein: Nota 5
Rio Haryanto: Nota 4
Manor: Nota 4
Sauber: Que vergonha!
O que os pilotos fizeram em pista foi vergonhoso. As querelas entre ambos começam a ficar cada vez mais azedas mas a situação do Mónaco passou os limites. A equipa pediu a Nasr para sair da frente de Ericsson que estava mais rápido e o brasileiro tentou ignorar a ordem, ao que o sueco respondeu com uma manobra Kamikaze, atirando ambos para fora de pista, prejudicando a equipa que precisa de estabilidade e bons resultados. Foram egoístas e deram uma imagem francamente má do seu profissionalismo. Nasr é o mais talentoso mas nada tem mostrado este ano. Ericsson tem estado melhor mas não tinha o direito de fazer aquilo. Um triste espectáculo.
Marcus Ericsson & Felipe Nasr: Nota 0
Sauber: Nota 3
Renault: Um dia para esquecer… mais um
Lembram-se de termos dito que Palmer era bom piloto e tinha qualidade? Neste momento estamos com muitas dúvidas. A quantidade de vezes que o piloto erra começa a ser critica. Perder o carro da forma como o fez não é nada difícil mas fica muito mal. A juntar a isso a falta de competitividade do carro faz com que o piloto comece a ficar em maus lençóis. Até Magnussen, que já provou o seu talento, não tem conseguido mostrar nem metade do que já mostrou. O carro ficou pior com as alterações feitas depois do teste de Barcelona e a prova disso é a quantidade de asas dianteiras que foram gastas pela equipa. Duas desistências e muito trabalho penoso pela frente.
Joylon Palmer: Nota 3
Kevin Magnussen: Nota 4
Renault : Nota 3