Rob Huff, colega de equipa de Tiago Monteiro na Honda, teve um fim de semana bom, à semelhança do que toda a equipa conseguiu atingir. Para Huff, foi no traçado transmontano onde conseguiu ter o melhor set up no Civic e onde encontrou um clima perfeito, como gosta de ter para competir.
Mesmo mostrando um bom andamento, até por ter assinado uma das poucas ultrapassagens da corrida 1 e a volta mais rápida, o ex-campeão do Mundo de Turismos, elogiou muito o seu colega de equipa. “Tiro-lhe o chapéu, porque existe muita pressão quando a corrida é no nosso país. São muitas entrevistas, são muitas pessoas que querem uma fotografia, o que torna muito difícil a concentração para o nosso trabalho. Com tudo isto, ele conseguiu fazer uma boa volta na qualificação e vencer a corrida.”

A vitória foi o ponto alto para a Honda, que teve em Vila Real, pela primeira vez esta época, muitos altos representantes vindos do Japão, para apreciar in loco o desempenho da equipa.
Acerca do seu fim-de-semana, Rob Huff afirmou ter encontrado o melhor andamento da temporada. “Antes da época ter começado, apenas conduzi o carro 2 dias. Tenho andado a aprender tudo e agora tenho um melhor conhecimento do carro e em todas as rondas tenho vindo a melhorar. Agora sei o que quero para o carro e o meu engenheiro começa agora a perceber o que eu quero.”
Em relação à exclusão da Honda da ronda marroquina, Huff diz que todos na equipa dormem muito bem à noite, sabendo que o que eles fizeram não lhes deu vantagem em relação aos outros e que já todos apagaram da memória a penalização. Isso foi o que lhes permitiu terem os resultados em Vila Real e todos esperam que os resultados daqui para a frente sejam semelhantes ou melhores até e apenas nas pistas com rectas maiores é que os pilotos podem ter mais dificuldades, já que o ponto mais fraco do Civic é a sua velocidade de ponta.

Rob Huff já compete nos WTCC há 12 anos, mas agora tem “os dois melhores colegas de equipa que já tive. Em termos de camaradagem, conciliamos as nossas personalidades e mais do que isso, compreendemos o que necessitamos para atingir os nossos objectivos e isso é muito especial.”
Contrariando algumas críticas à falta de emoção nas corridas do WTCC por terem havido poucas ultrapassagens, Huff respondeu com uma comparação com 2015: “No ano passado ultrapassei 10 carros, este ano ultrapassei um carro. Obviamente é muito difícil ultrapassar, mas tirando esse pormenor não deixou de ser, na minha opinião, uma corrida principal muito excitante e até mesmo a corrida de abertura, onde estivemos sempre todos muito juntos.”
Pedro Mendes
Fábio Mendes