WEC – 6h de Nürbürgring: Antevisão

Depois da fantástica corrida em Le Mans, onde o WEC provou mais uma vez que o Endurance deveria ter sempre provas de 24h, o campeonato do Mundo viaja até à Alemanha, ao circuito de Nürbürgring. Mais conhecido pelo lendário Nordschleife, Nürbürgring acolhe o WEC na configuração de GP.

Construído em 1984, o circuito GP de Nürbürgring acolheu durante vários anos o GP de F1, mas devido a problemas financeiros por parte do proprietário do circuito e por não se ter chegado a um consenso quanto a um possível novo contrato, o circuito alemão ficou sem receber a Fórmula 1. No entanto, não é por falta do Grande Circo que Nürbürgring deixou de receber campeonatos do Mundo. O WTCC utiliza o traçado de Nordschleife e a ronda do WEC utiliza a configuração GP para a sua 4ª prova do campeonato.

O traçado alemão tem alguns pontos de ultrapassagem interessantes, como por exemplo a travagem em apoio para a primeira curva ou o gancho Dunlop, a curva 7. O circuito tem também zonas rápidas e vão ajudar os carros mais rápidos, como por exemplo os Audi R18.

Pontos de interesse da corrida

Depois da decepção da Toyota, que tinha tudo para vencer as 24h de Le Mans, a equipa japonesa quer vingar-se. A verdade é que a Toyota tem tido boas prestações e não foi por acaso que se colocaram em boa posição para vencer a mais dificil prova de endurance do Mundo, no entanto o que causou a paragem do carro em plena recta de Le Mans foi uma falha técnica do conector entre o turbo e o intercooler. Falta saber se essa falha foi rectificada e que tal não acontece novamente. A Toyota pode sair de Nürbürgring vitoriosa, o que seria justo depois de tudo o que passaram em Le Mans.

A Audi, que corre em casa, é 2ª classificada no campeonato por construtores, mas sofreu um reves: Benoit Treluyer, piloto do Audi #7 teve uma queda de bicicleta enquanto treinava e lesionou-se na coluna, não podendo estar ao volante do carro este próximo fim de semana e esperando que recupere para a ronda mexicana do WEC em Setembro. A equipa não o vai substituir e assim apenas vai contar com os outros dois pilotos para o #7, Lotterer e Fässler. No carro #8 tudo se mantém como estava, com o trio de pilotos que com certeza fará de tudo para defender o 2º lugar na classificação por pilotos, quando têm apenas mais 1 ponto que a tripulação do Toyota #6. Vai ser uma luta paralela que vai dar gosto de assistir.

© Gabi Tomescu – AdrenalMedia.com

Outra luta interessante de assistir vai ser entre carros da mesma equipa. Neste caso na Porsche, com o segundo carro da equipa, o Porsche #2 que lidera a classificação por pilotos a provar que estão mais fortes que a tripulação do #1. O trio composto por Webber, Bernhard e Hartley não tem sido feliz, mas a equipa aposta tudo numa boa prova para este carro, já que os níveis de confiança dos 3 pilotos começam a baixar. Pelo contrário, a tripulação do #2 vem de uma vitória em Le Mans que lhes caiu do céu, mas têm tido menos problemas com o seu Porsche pelo que quererão defender a sua posição no campeonato e dentro da equipa.

Nos GTE- Pro, o destaque vai quase todo para a Aston Martin, que baralhou tudo e todos com o afastamento de dois pilotos do carro #97. Fernando Rees e Jonathan Adam foram afastados da equipa e Darren Turner muda-se do carro #95 para o fazer parceria com Richie Stanaway no #97. A justificação da equipa é que quer dar mais tempo de condução a cada piloto e reduzindo para apenas 2 pilotos por carro, consegue-o. A Aston Martin tem os dois carros na luta pelo pódio por equipas, com o #95 a ocupar a 3º posição no campeonato e o #97 na 5ª posição, apenas a 6 pontos dos seus colegas. A Aston vai ter algumas mudanças no BoP em relação ao aumento da largura do colector de admissão de ar, enquanto a Ford e a Ferrari mantém as configurações de Le Mans, sem mudanças no BoP. A Porsche também teve alguma “folga” no BoP, com a retirada de 15Kg de lastro e o aumento da largura do colector de admissão de ar.

© Gabi Tomescu – AdrenalMedia.com

Nos LMP2, a Tequilla Patrón ESM anunciou a mudança de marca de pneus, substituindo a Dunlop pela Michelin. A equipa afirmou que na base desta decisão estão as dificuldades em afinar o seu Ligier JS P2 Nissan da melhor maneira com os pneus da Dunlop. A equipa pensa conseguir mais velocidade com os pneus da marca francesa, enquanto que a  RGR, equipa onde compete Filipe Albuquerque que conduz também um Ligier JS P2 Nissan, vai manter os pneus Dunlop. A OAK Racing, que presta assistência às duas equipas, terá assim dados comparativos das equipas e conseguirão ter a melhor percepção do que muda entre as duas marcas de pneus.

 

Horários actualizados das 6h de Nürbürgring

Pedro Mendes

 

 

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