Nestor “Bebu” Girolami foi um dos pilotos que nos ficou na memória em 2015, por altura do Circuito Internacional de Vila Real. O argentino além de demonstrar abertura sempre que falavamos com ele, mostrou em pista que era rápido e com um enorme potencial. Na primeira corrida em solo vila-realense, Girolami teve problemas no Honda da Nika, mas depois de perder algumas voltas da corrida, voltou à pista e conseguiu muito rapidamente chegar-se à traseira dos carros mais atrasados. Na segunda conseguiu uma prestação muito sólida para um piloto que ainda se ambientava a nova máquina e num circuito exigente como é o traçado transmontano.

A noticia de que Girolami não faria mais provas no WTCC em 2015, depois de 2 rondas com a Nika, deixou-nos algo decepcionados. Sabemos o quão é difícil conseguir os apoios necessários para um piloto ingressar numa ronda do WTCC, mas nunca perdemos a esperança em ver de novo Bebu Girolami nas pistas do campeonato mundial de turismos. Agora é uma certeza, com o regresso do argentino na ronda de Montegi.
Pedimos a Girolami que nos respondesse a algumas perguntas e como aconteceu em 2015, o piloto concedeu-nos uma curta entrevistas, onde abordamos o seu momento actual no campeonato de Stock Car brasileiro e o feedback do S60 nos testes na Argentina.
O campeonato stock car brasileiro é muito competitivo e podes correr contra alguns ex-pilotos de F1.O campeonato é muito diferente do que o pensavas?
O Stock Car é um campeonato super competitivo e já esperava ter um nível de pilotos e equipas muito alto.
Faltam ainda 6 provas, achas que ainda consegues mais alguma vitória?
O primeiro semestre não foi o que esperava, não conseguimos atingir os nossos objectivos. Encontramos um problema no chassis e por isso decidimos troca-lo para a segunda parte do ano. Isso dá-nos uma perspectiva muito melhor para as 6 provas que faltam e esperamos vencer uma corrida no mínimo.
O ano passado tiveste em boa forma no WTCC, porque não ficaste no mundial de turismos este ano?
Ano passado foi convidado pela Lada para testar em Hungaroring e logo depois fui convidado pela Honda Nika Team para competir em duas corridas. Depois disso não tive mais oportunidades de competir na categoria com uma equipa oficial, assim não se proporcionou. Tinha vontade de ficar no WTCC em 2015 mas não surgiu a hipótese para tal.
Tem-se falado muito da tua ida para a Volvo em 2017. Podes confirmar já isso?
Para 2017 não. Fui apenas chamado para fazer um teste, na altura em que o WTCC competiu em Termas de Rio Hondo. Fiquei muito feliz por eles me convidarem e é sempre um prazer fazer parte de um campeonato mundial como o WTCC. [Depois do teste, surgiu a oportunidade de competir em Montegi, no Japão, substituindo Robert Dahlgren.]
O que achaste do Volvo nos testes na Argentina?
Fiquei muito feliz com o rendimento de volvo S60.
Sentiste potencial no carro para vencer a curto prazo?
Seguramente. Tem muito potencial para vencer ainda este ano.
Tens convites para outras competições para 2017?
Agora estou a trabalhar no Stock Car e tenho oportunidade de fazer o Super TC 2000 no próximo ano no meu país.
Gostaríamos de agradecer a prontidão demonstrada por Nestor Girolami e pelo seu assessor de imprensa Diego Zorrero nas respostas às nossas perguntas. O regresso de Girolami ao WTCC é uma boa notícia e pode abrir portas ao piloto a um futuro próximo no campeonato mundial por mais corridas, seja com um possível terceiro carro da Volvo ou através de uma outra equipa.
Pedro Mendes
Chicane Motores
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