WEC – 6h de Xangai: Antevisão

Penúltima ronda do mundial FIA de Endurance e a caravana do WEC estaciona no Circuito Internacional de Xangai.

Inaugurado em 2004, o traçado demorou 18 meses a ser construído. Um pântano foi convertido num circuito internacional, com capacidade para 250 mil pessoas. 3000 engenheiros trabalharam noite e dia numa obra cujo custo se fixou nos 370 milhões de euros. Esta pista já acolheu os campeonatos de WTCC, F1 assim como os V8-SuperCars, Moto GP e WEC.

Em 2011 foi alvo de uma rigorosa inspecção pois as curvas 1,8 e 14 estavam a afundar, devido ao terreno pantanoso.

O desenho da pista ficou a cargo de Hermann Tilke.

 

Pontos de Interesse:

Reacção à saída da Audi – Foi a bomba que abalou o desporto motorizado em geral e o WEC de forma gigantesca. A marca dos quatro anéis anunciou o fim da sua participação no campeonato do mundo de endurance, marcando assim o fim de uma era. O domínio da Audi ficará para a história do desporto mas deixa um buraco muito grande no mundial de endurance. Para além da luta entre LMP1 ficar reduzida a 2 marcas, o que é pouco, há também 6 excelentes pilotos que ficaram sem assento para 2017 e os jogos de bastidores podem começar a fazer-se sentir. Um dos nomes mais falados é o de Lotterer, provavelmente o melhor piloto do WEC em LMP1 e um dos nomes mais apetecidos. A Porsche tem lugar para ele pois Webber vai pendurar o capacete no final deste ano, mas as coisas nem sempre são assim tão simples e ainda sobram 5 pilotos com provas dadas e que ficariam bem em qualquer equipa.

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Há também a luta pelo titulo. Se o título de pilotos parece complicado para a tripulação do Audi #8 (Duval, Di Grassi e Jarvis), que estão a 30 pontos da equipa líder, o Porsche #2 (Dumas, Jani e Leib), o título de construtores também está difícil com 59 a separar a Porsche da Audi. A Audi não tem estado ao nível que nos habituou e algumas decisões estratégicas têm influenciado o desfecho das corridas. No entanto ainda há 2 corridas para disputar e para a Audi é agora uma questão de honra. Sair pela porta grande com o título de construtores é o grande objectivo e tudo farão para que isso seja uma realidade.

 

Toyota também conta – Os japoneses tiveram motivos para sorrir como sucesso caseiro obtido em Fuji. Embora não estejam em condições de lutar pelo título, a tripulação do #6 ainda tem esperanças de lutar pelo título caso o bólide japonês continue a melhorar. Os pilotos do Porsche #2 lideram a contenda mas não vencem desde Le Mans e uma postura demasiado cautelosa poderá complicar a vida aos pilotos da marca alemã que ainda têm uma vantagem confortável é certo, mas que também têm estado abaixo do que já apresentaram este ano.

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LMP2 com as contas praticamente fechadas? – Tudo indica que sim. A vantagem de 38 pontos da tripulação do  Signatech Alpine dá segurança mas os pilotos do #43, Gonzalez, Albuquerque e Senna tentarão adiar a festa ao máximo e quem sabe encomendar a sua. Nicolas Lapierre, Gustavo Menezes e Stephane Richelmi têm estado em excelente forma mas a tripla do Ligier JS P2 da RGR by Morand tem talento mais que suficiente para vender cara a vitória aos acutais lideres.

Equilíbrio no GTE Pro –  Top 9 separado por apenas 27 pontos. É o cenário actual nos GTE- Pro com Ferrari e Aston Martin em luta muito renhida pelo titulo de construtores… apenas 3 pontos separam as duas marcas. No que diz respeito aos pilotos, a dupla da Aston Sorensen e Thiim lideram mas são seguidos de perto por Rigon e Bird (Ferrari). Darren Turner (Aston) é 3º e a dupla Bruni/ Calado (Ferrari) seguem ao encalço dos líderes. Espera-se uma luta intensa nesta categoria.

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Uma bandeira Portuguesa com certeza no título em GTE-AM – Pode ser a bandeira de Águas ou de Lamy, mas um deles irá sentir o doce sabor da vitória final. Se Emmanuele Collard, Rui Águas e Francois Perrodo levarem o seu Ferrari à vitória em Xangai, poderão festejar o título, mas a tripulação do #98 (Mathias Lauda, Pedro Lamy e Paul Dalla Lana) não irá facilitar, tentando aproveitar o bom momento de forma. A distância de 33 pontos para os homens do Ferrari 458 é considerável mas tudo pode acontecer.

 

 

FP1 e FP2

Para já a vantagem está do lado da Porsche. Depois das primeiras sessões de teste, os homens da Porsche lideraram as tabelas dos tempos. A tripulação do #1 foi a mais rápida no dia de hoje, com Hartley a ser o piloto mais forte neste primeiro dia. Em segundo lugar apareceu Duval, mesmo à frente de do Porsche #2 que teve problemas nas baterias. Começa a entender-se que será uma tarefa bem complicada a da Audi para minimizar a vantagem que  os homens da Porsche têm neste traçado. A aposta na Porsche vencedora é uma tendência que começa a ganhar cada vez mais forma.

Traçado da pista:

Onboard da pista:

No ano passado foi assim:

 

 

 

Fábio Mendes

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