F1 – Alonso mete o dedo na ferida

“Não estamos muito longe da concorrência ao nível do chassis, o problema está na unidade motriz”. Foi assim que Alonso resumiu a situação actual da McLaren.

O espanhol foi particularmente crítico em relação ao “moinho” japonês, que mais uma vez está a desiludir em toda a linha.

“Não temos fiabilidade e não temos potência. Estamos 30Km/h abaixo dos outros nas rectas. A equipa está pronta para vencer, excepto a Honda”. Sem tempo para meias palavras o bi-campeão foi contundente nas suas criticas à unidade motriz da Honda e considera ser este o problema fundamental da equipa.

O espanhol admite que o chassis ainda não foi devidamente testado por falta de potência, no entanto manifestou-se contente com o equilíbrio do carro e como ataca as curvas “Estou contente com o chassis”.

A visão de Alonso é simples: considera-se o melhor piloto do grid e quer vencer e sente que não está a ter o que precisa da Honda e as criticas de hoje servem para pressionar os japoneses a encontrarem as respostas para os problemas que surgiram. Alonso não foi meigo e considerou que o problema no depósito de combustível como um “erro de amadores”... e com muita razão!

Embora a situação não seja tão catastrófica quanto a de 2015, Alonso é peremptório em considerar a situação actual como ainda mais frustrante, dada a possibilidade de aproximação às outras equipas que está a ser impedida pelo fraco motor. No entanto ainda há uma réstia de optimismo para Alonso que acha que a equipa vai ser competitiva este ano, não sabendo no entanto quando é que esse nível chegará.

Quanto à ameaça de saír da F1… Alonso disse que ainda tem a motivação e a qualidade para vencer e que não irá desisitir desse objectivo:
“Se um dia vir as pessoas fazendo trajectórias fantásticas, travando mais tarde do que eu, com melhores arranques do que eu, nesse dia vou parar e dizer “é hora”. Mas o que vejo agora é completamente o oposto. Mais do que nunca, este ano, neste inverno, o que eu vejo na pista de mim mesmo é o melhor nível. Agora é a hora de atacar.”

Não há dúvida que Alonso é um piloto de top… provavelmente o melhor da sua geração. O espanhol tem provado nos arranques e quando a máquina tem alguns argumentos para se bater com os outros que tem mais do que suficiente para ser um vencedor. Mas falta-lhe a máquina certa. Não precisa de ser uma máquina de topo… basta algo que lhe permita chegar perto da frente, o resto ele trata. Mas a Honda está a insistir em envergonhar-se e complicar a tarefa da McLaren. Continuamos a achar que este ano pode ser o último da parceria e se a Honda voltar a falhar não terá hipóteses de continuar com a McLaren. E depois do fiasco na sua ultima estadia na F1, voltar a falhar tão estrondosamente pode deixar marcas na Honda. Esperávamos mais… muito mais.

 

Fábio Mendes

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