F1 – Dia 31 inicia-se o futuro da F1

Sexta feira terá lugar em Paris uma reunião com os vários construtores da F1 com vista a começar a planear o futuro da modalidade.

A grande novidade é a presença da Audi na reunião. Depois de inúmeros boatos sobre a entrada da marca na F1, a Audi vai assistir à reunião e tentar entender o que a F1 pretende para o seu futuro e se isso se enquadra nos planos da marca ( Stefano Domenicalli, homem forte da Lamborghini, vai representar o Grupo VW, o que também poderá dizer que o grupo pretende entrar com outro nome sem ser a Audi… a Lamborghini também já foi alvo de boatos… mas pode não dar em nada e o interesse do grupo ser o mesmo que até agora, ou seja nenhum). Além do grupo VW haverá outro construtor japonês presente na reunião (embora a identidade se tenha mantido em segredo, apostamos na Toyota que também tem uma grande cota de mercado nos híbridos) e uma construtora privada também de identidade desconhecida (Cosworth tem sido falada nas últimas semanas).

A reunião pretende entender que rumo a F1 deve tomar e se os actuais V6 turbo híbridos são uma boa formula de base ou se há vontade de fazer tudo diferente. No entanto a suposta presença de novos nomes pode dar uma esperança renovada à F1 e a entrada da Liberty e de Ross Brawn pode não ser um factor estranho face a este novo interesse na F1. A vontade dos construtores é tornar os motores mais baratos, pois os actuais, além de serem maravilhas da engenharia são caros e muito complexos. Para a Red Bull o som é também um dos factores a ter em conta no futuro para atrair mais fãs. A FIA por seu lado já mostrou muita relutância em regressar a formulas antigas (V10 ou V12). As próprias marcas não deverão querer voltar a motores antigos pois seria uma má manobra de marketing para os seus produtos híbridos o mercado. É uma decisão muito delicada pois dar um passo atrás não seria indicado mas manter a complexidade actual e custos afastaria potencial interessados (ninguém quer gastar rios de dinheiro e fazer igual à Honda).

 

A Sportmotores.com avança que o objectivo da reunião é dar inicio ao conceito World Racing Engine, uma filosofia que permitiria ter um motor base para todas as modalidades do desporto automóvel com alterações consoante a modalidade, tornando assim os custos de desenvolvimento mais baixos. Segundo a mesma fonte o desinteresse pela F1 mantêm-se e o grupo quer apenas entender qual o futuro.

Convém reafirmar que nenhuma das novas marcas que estarão presentes fará automaticamente parte do futuro da F1 e que provavelmente são apenas aproximações exploratórias para entender qual o futuro do desporto motorizado e se este interessa às marcas em questão.

 

Brawn é o homem designado pela Liberty para dar um novo rumo à F1, juntamente com a FIA e as equipas. A sua visão é a de que o espectaculo precisa de ser melhorado, mas a vertente técnica não pode ser descurada. É necessário arranjar um meio termo em que construtores, equipas privadas e fãs fiquem satisfeitos.

“Acredito que devemos estabelecer uma visão do que queremos ser em cinco anos. Ver se podemos começar a trabalhar com as equipes na direção a tomar, que tipo de motor e que tipo de carro que queremos. Algumas pessoas podem dizer que cinco anos é um salto muito grande em frente, mas não é. Além disso, dará a capacidade de antecipar novas mudanças, se acharmos que são boas e isso também significa que todas as decisões que tomaremos irão basear-se no desejo de alcançar essa visão. As mudanças, melhorias ou objectivos podem ser conseguidos antes disso também. Portanto, se até o final do ano pudermos dar início a esta visão de onde queremos estar, seria uma conquista significativa. “

A vontade é conciliar as vontades das equipas grandes e das equipas mais pequena, um desafio que parece complicado mas que Brawn quer levar a bom porto:

 

“Deve ter como objectivo atingir um equilíbrio entre os fabricantes e equipas pequenas. Os construtores são muito importantes na Fórmula 1…eles trazem qualidade. Devemos entender as motivações dos construtores  pois  as suas razões para estarem envolvidos são um pouco diferentes das equipas pequenas. No entanto, eles são uma parte importante da Fórmula 1. Temos de encontrar soluções para os construtores e equipas pequenas. “

 

Fontes: autohebdo.fr; autoportal.iol.pt; página pessoal de João Carlos Costa; Sportmotores.com
foto: https://www.facebook.com/SeanBullLiveries/?fref=ts ; motorsport.com

 

Fábio Mendes

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