Upgrades da Renault esperados para o GP do Canadá
Não se pode fugir ao facto que a prestação da Red Bull na Austrália foi uma desilusão. Ricciardo saiu sem sorrir o que é um mau sinal e Verstappen apenas se chegou a um Kimi em dificuldades com o seu Ferrari. Para Ricciardo e para a Red Bull há ainda um sem número de interrogações a serem respondidas. Segundo “Danny” o fim de semana foi estranho com uma FP1 competitiva, onde os sinais pareciam muito positivos que contrastou com o resto do fim se semana que culminou com a saída de pista na qualificação. ” Na FP1 estavamos bastantes competitivos e ainda tinhamos uns truques na manga. Mas depois se formos a fazer as contas ao combustível que carregamos, os pneus e a evolução da pista ficamos efectivamente mais lentos que Ferrari e Mercedes.”
O Australiano aponta a falta de conhecimento do carro como principal causa, uma vez que os testes não correram da forma como queriam e como tal há muito trabalho pela frente.
Um dos factores que é conhecido para o fraco rendimento é o motor Renault que teve de sofrer uma adaptação de ultima hora. O problema do ERS que foi detectado no banco de testes não foi resolvido a tempo e os franceses tiveram de adaptar o ERS do ano passado, mais pesado e menos eficiente. Helmut Marko espera que a Renault apresente a actualização do motor em Espanha e assim no Canadá espera que a equipa dê um salto qualitativo grande. Se é suficiente para chegar aos Ferrari e aos Mercedes? O austríaco acha que sim, desde que o chassis tenha uma evolução significativa, o que as simulações confirmam. Para já o périplo pela Ásia será de limitação de estragos para os Bulls.
O problema das ultrapassagens para Bottas
Os alarmes continuam a soar e toda a gente está com as mãos na cabeça pois tivemos poucas ultrapassagens. O motorsport.com (versão língua portuguesa) publicou um artigo onde dizia que se tinha visto menos 86% de ultrapassagens. Então com apenas um GP feito já se fazem estatísticas? Só para informação qualquer estatística só tem validade se tiver no mínimo dos mínimos 3 amostras… para já temos apenas uma: Melbourne. O alarmismo está a tomar proporções desmesuradas e não se fala de mais nada. Bottas veio colocar água na fervura e desdramatizar o assunto:
“Em geral é mais difícil de ultrapassar mas também depende das pistas… Pistas com rectas grandes vão provavelmente ter mais ultrapassagens pois o cone de ar é mais e o DRS é mais eficaz com estas asas. Em alguns sítios vamos ter boas corridas noutras vamos ter menos ultrapassagens como em Barcelona. Vamos esperar mais uma corridas.”
O piloto no entanto reconheceu que seguir carros com andamentos muito semelhantes numa pista com as características de Albert Park é mais difícil e que é preciso uma diferença de andamento grande para o conseguir.
Kimi Raikkonen foi da mesma opinião e disse que passar carros com voltas de atraso este ano pareceu ser mais fácil como tal o argumento da dificuldade de ultrapassagens não se coloca ainda. “É claro que quando os carros das melhores equipas estão na luta nunca é facil de passar pois o andamento é semelhante”.
O que se pode tirar para já? É mais complicado ultrapassar mas não é por isso que as corridas vão ser piores. Pistas como Spa, Circuit of Americas, Barhain, Canadá entre outros cujas rectas são maiores vão se calhar dar mais espectáculo. Já os citadinos… se calhar vão ser mais aborrecidos de ver. Mas a F1 e os fãs estão a entrar outra vez na onda auto-destrutiva. Vamos esperar para ver. Não digo que esta fórmula seja a certa mas vamos dar o beneficio da dúvida e depois se correr mal vão todos poder dizer “eu avisei” de boca cheia. Para já vamos manter-nos optimistas.
Querem entender a estratégia usada pela Mercedes?
Esta malta joga xadrez na pista. A justificação para parar Hamilton na volta 17 faz completo sentido se as outras decisões tivessem sido as que foram ponderadas. Mas dá para entender a complexidade das decisões que este senhor tem de tomar… não é como jogar motorsport manager.
McLaren vai fazer um documentário com a Amazon
A primeira coisa que pensei foi parva… O Edd China saiu do Wheeler Dealer e este documentário seria o Edd a dar chapadas nos japoneses a mostrar como se monta um motor em condições. Afinal não é apenas um remake do que já foi feito em 1993, em que uma equipa passou o ano todo com a McLaren de Senna e Dennis para mostrar os meandros da F1 e o que é preciso para gerir uma equipa de top. A ideia é fantástica claro, mas estou mais ansioso para ver as respostas de Alonso quando sair desagradado do carro… o humor negro do espanhol costuma ser “da hora” e pode dar umas boas gargalhadas. No entanto é uma ideia que merece crédito e quem sabe poderá atrair mais patrocinadores.
Em 1993 o documentário foi assim:
Fontes: Pitpass.com; planetf1.com; autosport.com;gpupdates.net
Fontes: Facebook oficial F1
Fábio Mendes
Um pensamento sobre “F1 – Red Bull com novo motor no Canadá, a opinião de Bottas, a estratégia da Mercedes e o documentário da McLaren”