F1 – GP da Rússia: Antevisão

4ª ronda do campeonato mundial de F1. A categoria rainha começa a aproximar-se de “casa” e usará como palco o circuito de Sochi para este fim de semana, na Rússia.

O GP de Sochi integrou o calendário pela primeira vez em 2014 e tornou-se uma pista que dividiu os pilotos. O circuito estende-se por mais de 5km, usando algumas ruas do parque olímpico e conferindo-lhe um ambiente de circuito citadino. Constituído por 19 curvas de média e baixa velocidade, a sua junção com os troços mais rápidos não foi feita da melhor forma, levando alguns pilotos como Daniel Ricciardo a salientar que “quando vamos dentro do carro temos curva a 90º, recta, curva a 90º, recta, curva a 90º, recta… Torna-se aborrecido”. O circuito é constituído por dois sectores rápidos (1º e 3º) onde são esperadas velocidades superiores a 320km/h e um bastante técnico (2º), rodeado de muros e pista mais curta, que dificultará bastante as ultrapassagens.

São esperadas cargas aerodinâmicas a “meio-termo”, de modo a não sobrecarregar as zonas rápidas e garantir aderências nas curvas mais lentas. Devido aos ângulos apertados, um pequeno erro em curva penaliza uma volta inteira e deixará o piloto vulnerável até ao próximo troço rápido para recuperar o tempo perdido.

Pontos de interesse:

Mercedes Vs Ferrari – O duelo continua entre as duas equipas e principalmente entre Hamilton e Vettel. O alemão sorriu na última corrida mas parece que a vantagem da gestão de pneus da Scuderia se vai esfumar, pois o asfalto russo não é muito abrasivo e pode até colocar-se a questão da dificuldade em aquecer as borrachas. Assim, para já, o favoritismo pende ligeiramente para a Mercedes. Quanto aos finlandeses, Kimi mostrou-se pouco preocupado com as recentes criticas de Marchionne à sua forma, admitindo no entanto que não está satisfeito com o seu rendimento. Bottas, que na corrida passada viu uma pole transformar-se num 3º lugar com uma ordem para deixar passar Hamilton terá de melhorar o seu rendimento. Numa pista onde ambos os nórdicos já tiveram um encontro menos feliz, terão de começar a melhorar o seu rendimento e chegar-se mais aos colegas de equipa.

Red Bull – Ainda há muitos pontos de interrogação à volta da equipa que ficou surpreendida com o rendimento no Bahrein. Ricciardo já admitiu que a falta de ritmo em relação ao duo da frente se deve mais ao chassis do que ao motor, mas Verstappen não concordou com a afirmação de Pérez, que disse que agora não há grandes diferenças entre os 3 motores mais potentes e que o seu carro perde muito tempo nas rectas, onde o motor não dá o que ele pretende e como não conseguem gerar apoio aerodinâmico nas curvas a tarefa complica-se. Ainda assim, há mais dúvidas do que certezas, quanto ao rendimento do carro. Não há dúvida que em Barcelona se poderão ver mais novidades em relação ao carro mas os Bull´s ainda parecem procurar a melhor forma. Será que serão capazes de se aproximar ainda mais da concorrência?

Williams; Force India; Renault; Toro Rosso;Haas – O “grupo do meio” com um claro líder, a Williams pela mão de Massa, será favorita nesta luta, com a Force, a Renault, Haas e a Toro Rosso a tentarem alcançar as restantes posições no top 10. A Force India continua numa filosofia de limitação de danos, dada a falta de andamento nesta fase inicial, enquanto a Renault procura ainda o melhor ritmo de corrida, visto que em qualificação há potencial, e a Toro Rosso tenta capitalizar ao máximo o bom chassis que tem, que ainda sofre da falta de fiabilidade da unidade motriz. Neste grupo há também pilotos que precisam de mostrar mais… Palmer tem definitivamente que fazer melhor, Kvyat quererá fazer uma boa prova frente ao seu público, no mesmo local onde começou a sua descida ao inferno no ano passado e Stroll terá de mostrar mais e evitar os problemas em pista. Na Haas a novidade é que irão deixar os travões da Brembo e usar travões Carbon Industries. Os problemas com os travões transitaram do ano passado e este ano a equipa resolveu testar outra solução e embora não tenha ficado 100% convencida da vantagem em relação ao material da Brembo, a equipa vai mesmo trocar.

Sauber e McLaren – Duas equipas que curiosamente ocupam o fundo da tabela e que podem vir a ser fornecidas pelo mesmo construtor de motores. Da Sauber espera-se pouco, com Wehrlein a ter mais uma oportunidade de mostrar como se faz depois de uma estreia muito positiva e da parte da McLaren, espera-se que o novo MGU-H traga a fiabilidade que insisite em não aparecer.

Discute-se também a colocação do Shield, o novo sistema de protecção para a cabeça dos pilotos que ainda não convenceu a globalidade dos intervenientes.

Horários (PT)

Dados estatísticos

Comprimento: 5.853 km

Voltas: 53

Distância de corrida: 310,21 Km

Volta record em corrida: Valteri Bottas, 2014, 1:39:094

Volta record: Lewis Hamilton, 2014, 1:38:513

Passagens de caixa por volta: 59

Nível aerodinâmico: Médio

Pneus:

Traçado da pista

Onboard da pista:

No passado foi assim:

Geral do campeonato:

1	Sebastian Vettel	GER	FERRARI	68
2	Lewis Hamilton	GBR	MERCEDES	61
3	Valtteri Bottas	FIN	MERCEDES	38
4	Kimi Räikkönen	FIN	FERRARI	34
5	Max Verstappen	NED	RED BULL RACING TAG HEUER	25
6	Daniel Ricciardo	AUS	RED BULL RACING TAG HEUER	22
7	Felipe Massa	BRA	WILLIAMS MERCEDES	16
8	Sergio Perez	MEX	FORCE INDIA MERCEDES	14
9	Carlos Sainz	ESP	TORO ROSSO	10
10	Romain Grosjean	FRA	HAAS FERRARI	4
11	Kevin Magnussen	DEN	HAAS FERRARI	4
12	Esteban Ocon	FRA	FORCE INDIA MERCEDES	3
13	Nico Hulkenberg	GER	RENAULT	2
14	Daniil Kvyat	RUS	TORO ROSSO	2
15	Pascal Wehrlein	GER	SAUBER FERRARI	0
16	Antonio Giovinazzi	ITA	SAUBER FERRARI	0
17	Jolyon Palmer	GBR	RENAULT	0
18	Stoffel Vandoorne	BEL	MCLAREN HONDA	0
19	Fernando Alonso	ESP	MCLAREN HONDA	0
20	Marcus Ericsson	SWE	SAUBER FERRARI	0