Eram as duas equipas que restavam para encerrar este capitulo. Infelizmente vemos a McLaren a ter de lutar com a Sauber para não ser a última, pelo menos nesta metade da época. Para já passamos em revista o comportamento de ambas as equipas.
Esperava-se muito mais da McLaren em 2017. Para sermos justos, esperava-se mais desde 2014 e a equipa tem apresentado uma performance anedótica para uma equipa com a sua dimensão e história. A parceria com a Honda continua a não dar frutos e mesmo com a mudança radical no motor japonês, os resultados continuam a desiludir. A Honda mudou tudo este ano e passou a usar uma arquitectura muito semelhante à do motor Mercedes, mas os resultados demoram a chegar pois os nipónicos foram apanhados de surpresa, com um banco de testes que não reflectiu a realidade. A Honda começou convicta que tinha dado um passo em frente mas quando o motor foi testado em pista, verificou-se que havia muito a corrigir. A Honda tem trabalhado arduamente e diz-se agora que os problemas de base do motor estão praticamente resolvidos e que a partir de agora poderão ir em busca de mais performance.
O futuro da parceria esteve em risco, com a McLaren a tentar namorar os outros fornecedores de motores mas obviamente que nenhum se mostrou disponível para aceder ao pedido, uma vez que a McLaren com um motor competitivo estaria por certo a lutar pelo titulo ou pelo menos por pódios, dada a qualidade do chassis deste ano. Assim a equipa de Woking parece que terá de ficar com a Honda, que anda à procura de outra equipa para fornecer para assim acelerar o processo de evolução, mas sem sucesso uma vez que as conversações com a Sauber e a Toro Rosso não deram frutos. Os nipónicos parecem estar a apostar tudo em mostrar mais competitividade nesta segunda metade e assim convencer Alonso em ficar.
Na Sauber as expectativas eram baixas desde o início do ano. A equipa montou um motor Ferrari do ano passado nos seus chassis e como tal não se esperavam grandes feitos por parte da equipa. Ainda assim Wehrlein conseguiu marcar 4 pontos e colocar a Sauber temporariamente à frente da McLaren. Não se espera muito mais para este ano.
Avaliação dos pilotos:
Fernando Alonso – O debate sobre quem é o melhor piloto da actualidade pode durar dias mas para nós Alonso é nome mais forte do grid. Tem mostrado o seu talento por todas as equipas por onde passou e se a Honda finalmente acertar, não temos dúvidas que voltará a fazê-lo. Para já a máquina não permite que o espanhol dê nas vistas mas Alonso já mostrou laivos da sua genialidade em alguns confrontos. Será uma injustiça tremenda se sair da F1 sem ser tri-campeão.
Nota 8
Stoffel Vandoorne -Está a ter uma época de estreia ingrata. O talento que mostrou nas categorias inferiores ainda não foi visível ainda na F1 e já acumulou um par de erros comprometedores, mas acreditamos que o belga é o futuro da F1. Para já está numa equipa que procura a melhor forma e que não lhe dá material suficiente para se mostrar. Mas que ninguém duvide que está ali um Sr. piloto.
Nota 6
Pascal Wehrlein – Foi estranhamente colocado de parte pela Force India mas tem mostrado potencial na Sauber. É responsável pelos únicos pontos marcados pela equipa e parece-nos que precisa de dar o salto para uma equipa maior para evoluir. Para já está a fazer pela vida e a mostrar que tem lugar neste grid.
Nota 7
Marcus Ericsson – continua na F1 sem que se entenda bem porque. Quer dizer sabe-se mas mesmo assim causa estranheza. Ericsson ainda não mostrou que pode ser mais do que tem mostrado… um piloto de equipas de fundo de tabela. Até Wehrlein chegou este ano e mostrou-lhe como se faz. Não nos convence e devia dar lugar a outro.
Nota 5
Avaliação das equipas:
McLaren – A malta de Woking fez bem o trabalho de casa. O chassis parece mesmo ser bom, ao contrário do ano passado e nota-se que se o “moinho” tivesse outros argumentos, a McLaren teria motivos para sorrir. O trabalho de reestruturação que Ron Dennis fez começa a dar frutos e só falta mesmo o fornecedor de motores atinar para que a McLaren volte aos bons velhos tempos. Há ainda coisas a melhorar mas enquanto a dor de cabeça principal for o andamento do carro, não nos parece que recebam a atenção devida.
Nota 7
Sauber – Quando não há dinheiro não há capacidade para fazer muito mais. A equipa encara este ano como uma especie de ano zero para daqui por diante começar a crescer. Começa também a haver algumas mudanças e Monisha Kaltenborn deu o lugar a Frederic Vasseur, um nome forte que poderá ajudar no ressurgimento da equipa. Quem sabe o futuro pode ser risonho… para já o presente não o é.
Nota 6