Foi com alguma surpresa que vimos o Leon da Garagem Veiga Competição a rodar no circuito bracarense. Os pilotos João Sousa e André Lavadinho andavam a puxar pela máquina e em acesa luta pelo melhor tempo, enquanto os participantes do Challenge Mini iam provando as sensações da competição, alguns pela primeira vez.
Para nós foi uma estreia também, pois tivemos a oportunidade de falar pessoalmente com um André Lavadinho entusiasmadíssimo com esta nova etapa. O João Sousa já nos tinha dito que o André era um caso sério e que se mostrou competitivo desde início, algo que comprovou na última ronda do TCR Portugal e que hoje voltou a comprovar, fazendo excelentes tempos.
Pudemos ver que Lavadinho é um homem feliz com a realização do sonho de ser piloto. A forma como falava connosco mas ao mesmo tempo estava sempre atento aos tempos que o Sousa fazia, era sinal claro de uma “competitivite aguda”, aquela doença que afecta todos os pilotos, e assim que o carro voltou às boxes correu para voltar para dentro da máquina.
Antes disso confessou-nos que a adaptação correu lindamente, e que não sentiu o choque de entrar num carro de competição, ficando logo à vontade para puxar mais. Perguntamos se notou muito a diferença de um carro normal para o Leon e respondeu que não, com a maior das tranquilidades. A palavra medo não faz parte do seu vocabulário: “Se eu tiver medo agora com 30, imagina quando tiver 40. A minha postura em pista é a mesma que tenho no meu trabalho, tentando sempre fazer mais e melhor, sem receio dos desafios.”
Grande adepto dos simuladores, admitiu que foram uma ferramenta importante para que o primeiro contacto com esta nova realidade corresse de forma tão fluída.
Mas a outra grande paixão de André, aquela que lhe vale o reconhecimento a nível mundial não está, nem pode estar esquecida. Irá voltar às lides das fotos na próxima ronda do WRC e estará de novo no Dakar a partilhar com o mundo as habituais imagens fantásticas com que nos brinda.
Com o João Sousa tivemos menos tempo para falar, pois também não quisemos atrapalhar um homem que estava com a missão de piloto, enquanto ajudava a afinar a máquina, estando sempre por perto para ouvir o feedback do seu colega de equipa.
Para nós foi um privilégio falar pessoalmente com o André, algo que já vínhamos a tentar há algum tempo e que querermos repetir, pois em “modo piloto” o foco está nos cronómetro. Foram apenas 5 minutos em que a sua simpatia se misturou com a vontade de regressar ao volante… quem o pode censurar, todos faríamos o mesmo. Quanto aos tempos, somos sinceros não ficamos com os registos mas a luta com o Sousa foi renhida. Não há dúvida… temos piloto.
Chicane Motores