Fomos falar com mais um dos pilotos do Nacional de 2017, desta vez César Machado. A “suposta” entrevista deu lugar a uma conversa muito interessante sobre vários temas. É bom falar de corridas assim.
César Machado ainda não tem certezas para a época de 2018, mas tem planos para o que quer. Sem abrir muito o “jogo”, o piloto famalicense fez-nos um balanço geral do que foi 2017 e uma pequena perspectiva das hipóteses para este ano.
2017 não foi o melhor ano para César Machado, até porque “tinha um patrocinador com interesses em Espanha e com o cancelamento das provas do TCR Ibérico nesse país, ficou mais difícil para mim continuar a época”. No entanto, a ronda de Braga, numa altura em ficou sem colega de equipa e fez as 4 corridas a solo, foi o ponto alto de uma época complicada. Segundo o piloto, “fui o mais rápido dos treinos e sentia que podia vencer. Fiz dois pódios nas duas primeiras corridas, mas nas corridas de Domingo, sem nunca ter encontrado justificação para tal, era quase impossível de pilotar o carro e acabou por ser um dia mau para mim e para a equipa”.
Os dois anos no TCR foram agridoces para Machado, considerando que ainda não teve um ano em que conseguisse mostrar todo o seu potencial: “Tem havido alguns pormenores que têm influenciado o desfecho de algumas corridas e numa época tão curta quanto a do nacional de velocidade, isso paga-se caro. Quando entro em pista é com o objectivo claro de vencer todas as provas, mas têm surgido contratempos que fazem parte das corridas, que influenciam o desfecho das provas.”
O piloto que tem competido pela Speedy Motorsport está a trabalhar para a nova época e não coloca de parte a possibilidade de correr fora: “Para já está tudo em aberto. Gostaria de avançar com algo mais concreto, mas nesta fase tal não é possível. Não coloco de parte qualquer cenário e estou aberto a todas as possibilidades. Há a possibilidade de surgirem boas notícias, mas para já não passam de hipóteses e nada mais que isso.”
O piloto do TCR Portugal, falou-nos ainda do tempo que passou em miúdo pelos Karts e de como ainda está atento ao que se passa nessa disciplina. “Falta entrarem mais pilotos vindos dos karts para a velocidade, mas para isso são precisos mais apoios e é esse sempre o grande problema dos pilotos em Portugal. Fala-se que há uma quebra e que não estão a surgir tantos talentos quanto seria desejável. Do que conheço não faltam talentos nos Karts, mas alguns perdem-se por falta de apoios e de visibilidade. Temos tido campeões em campeonatos internacionais, mas poucos sabem disso e sem visibilidade os pilotos perdem-se. Nunca houve falta de talento em Portugal”.
Daqui, fazemos votos que César Machado consiga reunir os apoios necessários para a época 2018. O que já demonstrou em pista é suficiente para justificar a sua presença nas pistas nacionais. O campeonato precisa de pilotos talentosos como César.
Chicane Motores