F1 – Baku de 15 em 15 dias, por favor!

Quem diria que iríamos pedir para a F1 voltar à capital do Azerbaijão com frequência? O misto de circuito citadino com aquela enorme recta, que faz lembrar Fuji, tem trazido um colorido diferente à F1. Este ano não foi diferente, com drama da primeira à última volta.

Quem ganhou mais nas ruas de Baku? A Red Bull não foi de certeza.

Meia vitória para a Mercedes

Sejamos sinceros e em vez de Lewis Hamilton levar os 25 pontos da vitória, deveria ter sido Valtteri Bottas. Para além de uma belíssima estratégia, bem delineada e bem executada pela equipa nos bastidores, em pista o finlandês não cometeu nenhum erro até ter tido todo o azar do Mundo a 3 voltas do fim. Se alguém merecia a vitória do GP do Azerbaijão, esse alguém era Bottas, num dia de corrida que deveria ter sido de muitos festejos para o piloto. Lembramos que Bottas esteve em pista com o mesmo jogo de pneus durante 3 quartos da corrida.

Ficou mais uma vez claro que o chassis da Mercedes tem alguns pontos fracos, sendo um dos mais persistentes o facto de demorarem bastante para conseguirem colocar os pneus à temperatura certa. Foi demais evidente as voltas que demorou Hamilton para conseguir entrar no ritmo depois de trocar para os macios. Será esta mesmo uma nova Era na F1? Uma Era onde a Mercedes está mais dependente da estratégia e onde pode ser ultrapassada por outros construtores?

Mercedes – nota 8
Lewis Hamilton – nota 8
Valtteri Bottas – nota 9,9

Ferrari: quando o caçador se torna presa

Em relação a Kimi Räikkönen nada a apontar. O piloto fez o que pôde, obviamente teve alguma sorte com o abandono de alguns adversários, mas foi uma corrida em que tanto o piloto como a equipa se podem orgulhar. Não culpamos Kimi no incidente com Ocon, já que pensamos que foi um incidente de corrida, normal quando tentam todos passar pelo buraco da agulha.

Já em relação a Sebatian Vettel, a Scuderia foi apanhada na pausa para o café. A Mercedes aproveitou bem a entrada do Safety Car e fez aquilo que a Ferrari já fez noutras alturas. Conseguiu colocar Bottas à frente de Vettel. Já aqui escrevemos que o alemão é muito bom a liderar, não há melhor no pelotão, mas quando tem que ir atrás do prejuízo em pista, aí a porca torce o rabo. Provou mais uma vez isso mesmo, com a travagem falhada na curva 1. Precisava de estar calmo e tentou em demasia, com isso deu por terminada uma boa corrida e terminou atrás de Pérez, que tinha montado no Force India pneus mais lentos, os supermacios em contraste dos ultramacios de Vettel. Borrou a pintura!

Ferrari – nota 7
Kimi Räikkönen – nota 8
Sebastian Vettel – nota 7

Que a Force esteja contigo, Checo.

De onde apareceu Sergio Perez? Só nos apercebemos dele na travagem da curva 2 na primeira volta e depois quando vimos a repetição da ultrapassagem dele a Vettel. Sem dar muito nas vistas, Checo subiu, subiu na classificação e depois subiu o degrau do pódio. Na mesma pista do seu último pódio, o mexicano afirmou a Coulthard que as últimas duas voltas em Baku foram das mais dificeis da carreira, quando tentava distanciar-se de Vettel. Foi uma lufada de ar fresco para a Force India, que ainda está muito distante daquilo que pode, e gostaríamos, fazer.

Esteban Ocon foi apanhado no incidente com Kimi e ficou por aí. Uma pena, porque a Force precisava de mais pontos.

Force India – nota 8
Sergio Perez – nota 8
Esteban Ocon – sem nota

Renault: Poderia ter sido o seu fim de semana

Carlos Sainz terminou o GP na 5ª posição final, naquele que poderia ter sido um fim de semana excepcional para a Renault. Os dois pilotos estiveram em foco no inicio da corrida, ao competirem directamente com os dois Red Bull, até que Hulkenberg teve uma pequena escorregadela e bateu com o pneu traseiro esquerdo na protecção do circuito. Fim de corrida para Hulk e Sainz estava sozinho a partir da volta 10.

Se Nico Hulkenberg não tivesse falhado, e com o acidente entre os dois Red Bull, os Renault poderiam ter terminado dentro dos 10 primeiros e levarem mais pontos que os seus rivais na tabela classificativa. Seria um boom na classificação dos franceses.

Renault – nota 8
Carlos Sainz – nota 8
Nico Hulkenberg – sem nota

Mais pontos na conta da Sauber

Que corrida fez o jovem Charles Leclerc. Como escreveram os homens da ALFA Romeo Sauber, o monegasco esteve concentrado, evitou os inúmeros acidentes e contou bastante com uma estratégia muito boa por parte da sua equipa. Foram 24 voltas com pneus supermacios, dar muito nas vistas mas sempre com os pontos no horizonte. Percebemos que no final, com quase todos os carros a utilizarem os ultramacios, o Sauber não pareceu tão rápido e perderam algumas posições, já que se tivessem aguentado, Leclerc poderia ter terminado, pelo menos, em 5º.

Marcus Ericsson esteve muito perto de conseguir dupla pontuação para a Sauber. Hartley foi mais forte no final da corrida e prova o que escrevemos em cima, que com ultramacios, os Sauber perderam fulgor.

Sauber – nota 6
Charles Leclerc – nota 8
Marcus Ericsson – nota 7

Alonso já não surpreende

Alguém fica surpreendido por Fernando Alonso passar por tantas dificuldades, logo no inicio da corrida, e depois terminar num fantástico 7º lugar? Dois furos do lado direito do MCL 33 a meio da volta, o espanhol chega em jantes à box e com mais estragos no chassis. Toda a gente deve ter pensado que a corrida tinha terminado… só que era o Alonso. Toca a subir devagarinho, o que o carro permite e termina dentro do top10 novamente.

O seu colega de equipa, Stoffel Vandoorne esteve muito tempo fora dos pontos. Quando o SC saiu, após o acidente entre Ricciardo e Verstappen, o belga da McLaren teve que trocar duas vezes de pneus, porque o novo conjunto de ultramacios não lhe deu confiança. Foram trocados por um conjunto já usado, mas o belga colocou-se dentro dos 10 primeiros, tendo terminado perto de Stroll. Fica na mesma na memória, que o MCL33 não é um carro tão bom quanto os seus antecessores.

McLaren – nota 6
Fernando Alonso – nota 8
Stoffel Vandoorne – nota 7

Primeiros pontos para Hartley

Brendon Hartley foi desta vez o melhor piloto da Toro Rosso e pontuou pela primeira vez na F1. O neozelandês conseguiu terminar em 10º num traçado que parecia um martírio para os italianos. Nunca conseguiram encontrar um bom ritmo nas ruas de Baku, pelo que este ponto caiu do céu. Para o piloto também. Tirar pontos a Ericsson, que parecia melhor, foi bom.

Pierre Gasly sofreu danos no seu chassis, num toque com Kevin Magnussen, juntando o facto do carro não ser rápido, colocou-o de fora dos pontos. É pena, já que Gasly parece-nos bom piloto e merece mostrar-se no seu melhor.

Toro Rosso – nota 6
Brendon Hartley – nota 7
Pierre Gasly – nota 6

Baku é palco para Stroll

Lance Stroll conseguiu o seu pódio na F1 neste circuito e no Domingo a corrida até lhe correu bem, mesmo tendo apenas terminado em 9º. Não se esqueçam que este foi o primeiro resultado positivo para a Williams, já que foram os primeiros pontos para a estrutura de Claire Williams. Stroll pode ter começado muito bem o GP da China, mas só agora, em Baku é que conseguiu os merecidos pontos. Chegaram apenas com duas semanas de atraso!

Sergey Sirotkin já deve querer o reembolso do dinheiro que pagou. O russo ficou no meio de uma escaramuça logo na volta 1 e ficou na conversa com Ocon durante toda a corrida. É um dos dois pilotos que ainda não pontuou em 2018. Será que consegue pontuar?

Williams – nota 6
Lance Stroll – nota 6
Sergey Sirotkin – sem nota

Haas passou por Baku?

A equipa que utilizou os meios da Haas em Baku, não foi, com quase toda a certeza, a mesma que esteve na Austrália ou no Bahrein. Romain Grosjean bate sozinho durante um período de SC e o engenheiro ainda o engana e diz que talvez tivesse sido tocado por Ericsson. Nós sabemos que Ericsson tem algumas paragens cerebrais em pista, mas não consegue (ainda) bater nos adversários à distância. Este tipo de areia atirada aos olhos dos adeptos, é feio, principalmente quando o francês até estava a fazer uma boa corrida, subindo muitas posições.

Kevin Magnussen terminou no último lugar, depois de ter tido um toque com Gasly que lhe estragou a corrida por completo. Não foi um fim de semana que espelhe o bom carro que os americanos têm.

Haas- nota 4
Kevin Magnussen – nota 4
Romain Grosjean – sem nota… foi o Ericsson que lhe tirou!

 

Acerca da Red Bull… querem que escreva que ambos os pilotos tiveram culpa no acidente? Para nós não. Max Verstappen não deveria ter-se desviado para a esquerda depois de já ter feito o movimento para a direita. Daniel Ricciardo foi um passageiro dentro do carro. Já em situações anteriores, Verstappen tinha tocado no carro de Ricciardo e apertado com o australiano, como tal, somos da opinião que a equipa deveria ter planeado a possibilidade de se enrolarem os dois.

Max está desestabilizado, quer à força chegar aos resultado e esforça-se demais. Está a colocar a equipa numa posição desconfortável, onde colocam o menino Max à frente do piloto que mais pontos lhes tem trazido. Para além disso, na nossa opinião, Ricciardo ter vindo a público afirmar que poderia ter feito mais no incidente, foi escusado.

Se a Red Bull continuar assim, sem colocar travão no holandês, é possível que Ricciardo se canse depressa e rume mesmo a outras paragens, ficando os Bull’s com Max Verstappen e, possivelmente, Pierre Gasly, dois génios que devem chocar de frente. O futuro está aí à porta.

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