O Ginetta G10 dos britânicos James Guess e James Hilliard venceu a segunda corrida do Iberian Historic Endurance do programa da segunda edição do Estoril Classic.
Num final da manhã solarengo no Autódromo do Estoril, Pedro Bastos Rezende, em Porsche 911 3.0 RS, largou da pole-position, mas rapidamente foi ultrapassado por Carlos Barbot, em Merlyn Mk4, e pelo Ginetta do duo britânico, que no final da primeira volta já liderava a corrida.
Três voltas depois, o “Top-3” voltava a sofrer alterações, com o Porsche 911 3.0 RS de Carlos Sena Brizido e João Pina Cardoso, que vinha a ganhar posições desde o oitavo lugar, a suplantar o Porsche do vencedor da corrida de ontem na luta pelo terceiro lugar. Porém, o carro alemão da dupla nacional haveria por cair na classificação na segunda metade da contenda, cortando a linha de meta longe dos lugares cimeiros.
Aproveitando a entrada do Safety-Car, Barbot e Bastos Rezende tentaram cumprir a paragem nas boxes obrigatória enquanto o carro da segurança se encontrava em pista, o que valeu a ambos uma penalização de “Stop & Go”. O Ginetta G10, que é modelo único, caiu então provisoriamente para terceiro, deixando a luta pela vitória a ser virtualmente discutida por Barbot e Bastos Rezende.
Bastos Rezende cumpriu a penalização a sete voltas do final, perdendo com isso as possibilidades de repetir o feito da corrida de ontem, descendo para o terceiro lugar da geral, o que ainda assim foi suficiente para voltar a triunfar na classe H-1976.
Já Carlos Barbot optou por manter-se em pista, vendo a bandeirada de xadrez na primeira posição, sendo penalizado à posteriori, o que o atirou para a segunda posição.
Com os crónicos problemas de sobreaquecimento do Ginetta aparentemente resolvidos e após cumpridas as penalizações dos dois mais fortes oponentes da casa, Guess/Hilliard recuperaram a primeira posição da corrida e da classe H-GTP.
Francisco Albuquerque foi o quarto classificado, vencendo a categoria H-1965 com uma vantagem de mais de vinte segundos sobre o Shelby Mustang da dupla Hipólito Pires/Tiago Raposo Magalhães. O pódio da classe ficou completo pelo Lotus Elan 26R de Mark Martin, um experiente piloto inglês de clássicos, que ultrapassou ao cair do pano o Marcos 1800 GTS do duo Allen Tice/Chris Conoley.
Sem oposição, Jorge Cruz voltou a vencer na categoria H-C, terminando no oitavo lugar da geral e uma posição à frente do Lotus Seven de João Mira Gomes, o terceiro classificado da categoria H-GTP.
Na classe H-1971, a vitória coube ao BMW 2002Ti de Simplício Pinto/Márcio Pinto, um prémio para uma dupla que durante a noite foi obrigada a trocar o motor do carro alemão.
Num fim-de-semana em que todos os pilotos tiveram a oportunidade de experimentar o novo asfalto do Autódromo do Estoril e reviver as sensações oferecidas pela Curva do Tanque, Philippe Bonny e Michel Renavand, em BMW 2002 Ti, venceu o BRM Index Performance, beneficiando do abandono na corrida de hoje do Ford Escort de RS 1600 de Francisco Carvalho/Miguel Ferreira.
No final do dia, Diogo Ferrão fez um balanço muito positivo de mais esta jornada do Iberian Historic Endurance por terras lusitanas: “Proporcionámos aos espectadores que se deslocaram ao autódromo duas corridas interessantes, com um leque de viaturas muito interessante e de beleza inegável, e discutidas até à derradeira volta, seja à geral, seja à classe. O facto de terem sido provas tão disputadas e sem toques demonstra bem o respeito que existe entre todos os concorrentes. Ao mesmo tempo, os nossos pilotos tiveram a possibilidade de correr num evento único em Portugal, com o prestígio que encaixa perfeitamente do espírito desta competição”.
Com dois eventos ainda por disputar este ano, o Iberian Historic Endurance regressa dentro de duas semanas no Algarve Classic Festival, no Autódromo Internacional do Algarve.
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