
Começou este fim-de-semana mais uma época dos vários campeonatos nacionais de velocidade. O circuito de Braga acolheu as primeiras provas da temporada de 2015, com a realização de oito corridas, divididas pelas quatro categorias: Legends Cup, Campeonato Nacional de Clássicos, FEUP e CNV foram os presentes nesta primeira aparição da temporada do Racing Weekend 2015.
Com os treinos a serem realizados na parte da manhã de sábado, com uma meteorologia variável e uma pista parcialmente seca, o que veio complicar a vida aos pilotos na escolha do melhor Set Up, bem como dos pneus para as provas a realizar da parte da tarde.
A lista de inscritos era razoavelmente boa. A única decepção talvez tenha sido mesmo na categoria máxima, no CNV apenas 8 carros alinharam, uma tendência que a nova temporada voltou a não ter mudanças, sendo aliás o campeonato com menos participantes presentes em Braga, fazendo pensar que algo continua errado e será preciso fazer alguma coisa para que as coisas mudem relativamente à escassez de participantes no CNV.
CNV:

Corrida 1: A primeira corrida do Campeonato Nacional de Velocidade, foi disputada no final da tarde de Sábado, já com a pista de Braga parcialmente seca, depois da chuva que caiu na parte da manhã e início da tarde. S. Pedro deu tréguas aos pilotos e o sol brilhou na prova de abertura da nova temporada.
Miguel Barbosa no Tatuus da BP Vodafone, fazendo dupla com o estreante na modalidade Ivo Nogueira, garantiu a pole position para a primeira manga, saindo na frente após a primeira travagem, sempre difícil, do circuito Vasco Sameiro, sendo desde logo pressionado por Pedro Salvador no decorrer das duas primeiras voltas. Entretanto Salvador começou a ter problemas com o seu Norma, com um comportamento algo estranho, que tornava a condução difícil ao piloto de Chaves, que viria a ter uma resposta para o sucedido algumas voltas depois com o rebentamento de um pneu, fruto de um furo lento. Na frente da corrida também havia troca de posições e Francisco Abreu, aproveitando um erro numa curva de Miguel Barbosa, assumia a liderança da prova que não mais a largaria até final da mesma.
Após a troca de pilotos, foi Ivo Nogueira que tentou ainda diminuir a desvantagem para Armando Parente, que entretanto assumira o volante do Tattus da Novadriver, mas sem sucesso, pois estava garantida a vitória para a dupla Armando Parente/Francisco Abreu nesta primeira corrida.
Na segunda posição, mantendo o segundo lugar que herdou do seu colega de equipa Miguel Barbosa, chegava Ivo Nogueira, ele que deixou os ralis esta temporada estreando-se nos circuitos e com nota positiva nesta corrida, rodando a bom ritmo.

Em terceiro lugar já a mais de um minuto dos vencedores a dupla José Pedro Faria/Miguel Cristovão em Wolf da CRM, aproveitando o atraso da dupla transmontana Pedro Salvador/Rafael Lobato, cujo furo lhes valeu um atraso irremediável na luta pelo pódio.
Na classe C3, destinada aos Radicais, vitória para a dupla Paulo Sá Silva/Miguel Lobo, depois do abandono de Gonçalo Rodrigues o seu único rival.
Nos GT´s, o cenário também foi pobre com apenas dois inscritos, a vitoria acabou por sorrir à dupla Nuno Batista/Pedro Marreiros em Porsche, depois de Gonçalo Mananhu/Manuel Castro terem ficado por terra, quando disputavam a liderança com os seus adversários directos na classe GT. Castro e N. Batista desentenderam-se na travagem para a primeira curva, com M.Castro a fazer um pião e a ficar preso na caixa de gravilha.
Classificação:
1º Francisco Abreu/Armando Parente (Novadriver Tatuus) 38 voltas
2º Miguel Barbosa/Ivo Nogueira (BP Vodafone Tatuus) a 16.820
3º José Pedro Faria/Miguel Cristóvão (CRM Wolf) a 1m02.368
4º Pedro Salvador/Rafael Lobato (Speedy Norma) a 1 v.
5º Paulo Sá Silva/Miguel Lobo (Speedy Radical) a 3 v.
6º Nuno Batista/Pedro Marreiros (Veloso Porsche) a 3 v.

Corrida 2: A segunda corrida do CNV do fim-de-semana disputou-se no domingo, e teve mais emoção do que a do dia anterior, com indecisão até ao final quanto ao vencedor.
Rafael Lobato era quem saia da “pole”, conseguida no dia anterior sob condições difíceis. Ainda assim o jovem piloto de apenas 17 anos, a fazer a sua estreia ao volante de um carro capaz de lutar pelo título absoluto, mostrou maturidade e não se deixou intimidar pela concorrência, entrando na primeira curva na liderança. De seguida deu-se um toque entre Lobato e Ivo Nogueira, que do qual resultou o abandono do piloto da BP Vodafone, enquanto o piloto da Speedy Motorsport fazia um pião e atrasava-se face à concorrência, deitando por terra a hipótese da dupla transmontana vencer esta corrida. Na frente ficou então Armando Parente, que dominou o seu turno, alargando a vantagem para Miguel Cristóvão que rodava na segunda posição.
Após a troca de pilotos, Francisco Abreu foi perdendo tempo para J. P. Faria que vinha mais rápido devido a uma maior poupança de pneus, e viria a consumar a ultrapassagem a duas voltas do fim da corrida, garantido assim a primeira vitória da dupla da CRM no campeonato.

Na segunda posição ficou então Francisco Abreu/Armando Parente e a fechar o pódio Pedro Salvador/Rafael Lobato a um minuto dos vencedores.
Na classe C3, mais um vitoria para Paulo Sá Silva/Miguel Lobo, enquanto Nuno Batista/Pedro Marreiros reptiam também as vitorias na classe GT´s.
Classificação:
1º José Pedro Faria/Miguel Cristóvão (Wolf) 38 voltas
2º Francisco Abreu/Armando Parente (Tatuus) a 5.379
3º Pedro Salvador/Rafael Lobato (Norma) a 1m00.766
4º Paulo Sá Silva/Miguel Lobo (Radical) a 2 v. (1º C3)
5º Nuno Batista/Pedro Marreiros (Porsche) a 3 v. (1º GT)
6º Gonçalo Rodrigues (Radical) a 3 v.
7º Manuel Castro/Gonçalo Manahu (Porsche) a 5 v.
Carlos Mota