Depois da análise aos primeiros, segue-se a revisão do comportamento das restantes equipas no GP do Mónaco.
Mclaren: Alvíçaras! Os primeiros pontos chegaram.

Demorou mas chegaram. Os primeiros pontos para a McLaren finalmente apareceram. E tinha de ser no Mónaco. A pista não exige muito do motor e da aerodinâmica como tal era a pista ideal para tentar o golpe. Podia ter sido uma tarde melhor se o carro de Alonso não claudicasse com o calor, mas Button fez chegar o seu monolugar a bom porto e conseguiu assim 4 pontos. Um prémio merecido para os pilotos e equipa que tem feito de tudo para tentar sair desta maré negativa. Ambos estavam a fazer uma excelente corrida e Button geriu o andamento com mestria. A seguir vem la o Canadá e aí as coisas vão piorar… Muito. Mas por enquanto é altura de sorrir e continuar a lutar por um futuro melhor.
Sauber: Nasr é bom investimento

O fim de semana não começou de forma auspiciosa para a equipa. E a corrida também não teve um inicio muito prometedor, mas Nasr voltou a dizer presente. Fez uma boa recuperação e conseguiu chegar aos pontos. E já se sabe que na Sauber todo o potinho é valioso. Mais uma boa prestação do brasileiro que está a justificar aos poucos a oportunidade que teve ( ou que pagou para ter). Largar de 14º e acabar em 9º é muito bom. Já Ericsson… mais do mesmo. 13º e nada de mais a dizer. A estratégia não o favoreceu é certo mas mesmo assim não é piloto para estas andanças.
Toro Rosso: Os miúdos andam muito

Mais uma prova de talento por parte da dupla da Toro Rosso. Verstappen estava nos pontos e a fazer uma excelente prova quando a inexperiência falou mais alto. O erro que cometeu com Grosjean era desnecessário e manchou uma exibição cheia de personalidade. A forma como usou os Safety car´s para passar quem estava a sua frente é digna de velha raposa. O miúdo tem muito para dar. Mas inexperiência tem disto. Faz parte da aprendizagem do piloto. Por nós está desculpado. Sainz esteve também muito bem. Fez render os pneus como ninguém e fez mais de 60 voltas como mesmo conjunto de borrachas conseguindo com isso o 10º e um ponto valioso. Sair da boxes e chegar ao 10º é prova de qualidade. Duas excelentes exibições. Verstappen tem mais talento mas Sainz é neste momento melhor piloto que Verstappen, fruto da “maior” experiência. Um dupla para o futuro.
Lotus: O azar está de volta

Era uma das nossas apostas para o fim de semana. Mas correu tudo mal. Maldonado com problemas hidráulicos foi obrigado a desistir nas primeiras voltas. O homem é dado a erros e paragens cerebrais mas tanto azar junto começa a meter impressão. O 13 fica-lhe mesmo bem. Grosjean ia mais uma vez safar a equipa e dar mais uns pontos mas foi abalroado por Verstappen e assim as suas hipóteses de pontuar esfumaram-se. O francês mostrou qualidade mais uma vez e foi pena não ter conquistado os pontos que merecia. Largou de 15º e lutou pelo 10º. Merecia mais. A equipa tem sofrido duros reveses e com isso perdido pontos que seriam fundamentais para o futuro. Mas tem o potencial necessário para conseguir mais.
Williams: Horrível

Um fim de semana para esquecer. Sem pontos, e sem nada para contar. A qualificação já não prometia grande coisa mas em corrida a falta de andamento foi gritante. Inadmissível até para quem tem as aspirações da Williams. Tudo bem que é uma pista muito específica mas ficar atrás da Force India e Mclaren e até da Sauber é muito mau. Massa (que teve um toque no inicio da corrida que o obrigou a ir a box) e Bottas mal se viram em pista. Muito mau.
Manor: No ano passado foi bem melhor

Pela primeira vez, Mehri fez melhor que Stevens. É a única novidade. De resto os Manor serviram de chicane móvel e de tampão, complicando um pouco a vida aos mais rápidos. Levaram duas voltas de avanço e atrapalharam mais do que correram. Mas aproveitamos para relembrar Bianchi que no ano passado brilhava ao conquistar os primeiros pontos na F1. É graças a esse desempenho que temos a Manor em pista. On ne t´oubli pas Jules.
Um pensamento sobre “F1- GP do Mónaco: Quando a matemática nos trai (Parte II)”